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Surto de carrapatos preocupa moradores em Camaquã

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Durante a manhã desta quarta-feira (3), a reportagem da emissora Acústica foi chamada até a rua José Joaquim Butts De Souza, no bairro Cônego Walter. No local, moradores relatam com preocupação, que os animais em condição de rua e também domésticos, sofrem há quase um mês, com um surto de carrapatos. Um cachorro já morreu devido a quantidade excessiva dos parasitas e outros estão sofrendo com a situação.

O carrapato, é transmissor de doenças como a Febre Maculosa ou Doença do Carrapato, também chamada de Rickettsiose ou Febre das montanhas rochosas, é uma infecção que pode ser extremamente grave. A doença pode levar rapidamente à morte em até 30% dos casos não tratados adequadamente. Seu quadro clínico é muito variado, o que pode acabar retardando o diagnóstico por ser facilmente confundida com outras infecções. No Brasil, os tipos mais comuns são o “carrapato estrela” ou o “carrapato vermelho do cão”, porém o parasita pode variar de acordo com as mais de 800 espécies existentes.

Saiba abaixo quais os riscos causados pelo carrapato:

O que fazer se meu cachorro pegar carrapato?

Se você pensou de imediato em arrancar com sua mão ou com uma pinça comum, pare imediatamente, uma vez que partes (a peça bucal) do carrapato podem ficar presas na pele do seu cachorro e levar à infecções. O mais indicado é levar o seu amigão a um médico veterinário ou a um pet shop para realizar essa “extração”.

Uma dica muito importante é: se os carrapatos voltarem, depois de serem retirados, é preciso ficar atento aos lugares que o pet frequenta. Além disso, o médico veterinário pode prescrever produtos especializados na prevenção a esse parasita. Lembre-se de não usar nenhum medicamento em seu cão que não tenha sido recomendado por um médico veterinário.

Especialistas desaconselham também tentar queimar ou arrancar o carrapato de qualquer jeito porque ele não sai, se estressa e lança mais toxina no sangue do animal. Essas enzimas podem causar reações como coceira e deixar a ferida sujeita a infecções.

Evite de lavar áreas urbanas com soluções caseiras ou medicamentos sem prescrição do médico veterinário, pois estas podem ser altamente tóxicas e acarretar diversas infecções no seu pet.

Doenças causadas por carrapatos:

– Babesiose: Causa uma severa anemia que pode prejudicar o correto funcionamento do fígado, os rins e o baço, sendo o primeiro sintoma uma febre de mais de 41 º C. A urina fica escura por causa da presença de derivados do sangue. Algumas vezes, a doença causa sintomas neurológicos, como ranger de dentes ou comportamento trôpego, e os cachorros morrem em poucos dias se não receberem tratamento correto e rápido. Para tratar a babesiose, usam-se drogas antiprotozoárias.

– Erliquiose: Produz uma ampla variedade de sintomas, desde sangramento nasal, febre de até 40,5º C até a supressão do sistema imunológico. A opção para tratamento são antibióticos, como doxiciclina. São encontrados casos da doença em todas as regiões do Brasil

– Febre maculosa: Causa febre alta, rigidez, respiração difícil, vômito, diarreia, edema na pata e no focinho, e, finalmente, sangramento nasal, na urina e nas fezes. Para que se fique infectado, o carrapato precisa sugar no mínimo quatro horas. Antibióticos como doxiciclina revertem os sintomas em um ou dois dias, desde que a doença seja tratada logo no começo. A febre maculosa pode ser uma doença muito grave, levando muitas vezes à hospitalização e registrando sequelas e casos fatais. No Brasil, mais notados estão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco.

– Paralisia do carrapato: Acredita-se que seja causada por uma neurotoxina existente na saliva do carrapato que, vagarosamente, paralisa o cachorro em um período de 48 a 72 horas. Se todos os carrapatos forem removidos, a paralisia normalmente desaparece em cerca de um dia.

 Confira abaixo o vídeo sobre o surto de carrapatos em Camaquã: