Após as discussões e alertas sobre a saúde mental durante o janeiro branco, o mês de fevereiro inicia com novos temas importantes como combate e conscientização da à leucemia, lúpus, mal de alzheimer e fibromialgia. As campanhas fevereiro roxo e laranja são direcionadas para alertas de prevenção e importância da doação de medula óssea.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). É uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.
Leucemia
Conforme o Inca, estima-se que são 10.810 novos casos de leucemia no Brasil sendo 5.920 homens e 4.890 mulheres. O número de mortes por câncer atinge 7.218, sendo 3.902 homens e 3.316 mulheres.
Pode aumentar o risco de leucemia, radiação ionizante e o benzeno são os fatores ambientais que até agora foram comprovadamente associados à leucemia aguda. Há outros fatores ambientais menos ligados à leucemia aguda. As causas da leucemia ainda não estão definidas, mas, suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença como tabagismo, exposição ao benzeno; exposição à radiação ionizante; histórico familiar; realização de quimioterapia; Síndrome De Down; exposição a agrotóxicos; algumas doenças sanguíneas.
A maioria dos casos de leucemia não podem ser evitados, na maior parte das vezes, os pacientes que desenvolvem leucemia não apresentam nenhum fator de risco conhecido que possa ser modificado. Porém, o tabagismo se correlaciona com aumento do risco de Leucemia Mieloide Aguda. Esse é um fator de risco modificável, relacionado a diversos outros tipos de câncer (pulmão, boca, bexiga) e outras doenças graves também, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
As leucemias podem ser agrupadas com base na velocidade em que a doença evolui e torna-se grave. Sob esse aspecto, a doença pode ser do tipo crônica (que geralmente agrava-se lentamente) ou aguda (que costuma piorar de maneira rápida):
Crônica: no início da doença, as células leucêmicas ainda conseguem fazer algum trabalho dos glóbulos brancos normais. Médicos geralmente descobrem a doença durante exame de sangue de rotina. Lentamente, a leucemia crônica se agrava. À medida que o número de células leucêmicas aumenta, aparecem inchaço nos linfonodos (ínguas) ou infecções. Quando surgem, os sintomas são brandos, agravando-se gradualmente.
Aguda: as células leucêmicas não podem fazer nenhum trabalho das células sanguíneas normais. O número de células leucêmicas cresce de maneira rápida e a doença agrava-se num curto intervalo de tempo.
Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção das células sanguíneas normais. A diminuição dos glóbulos vermelhos ocasiona anemia, cujos sintomas incluem: fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros. A redução dos glóbulos brancos provoca baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções muitas vezes graves ou recorrentes. A diminuição das plaquetas ocasiona sangramentos, sendo os mais comuns das gengivas e pelo nariz e manchas roxas (equimoses) e/ou pontos roxos (petéquias) na pele.
O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central (SNC), podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.
Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia.
Tratamento
O tratamento é feito em etapas. A primeira tem a finalidade de obter a remissão completa, ou seja, um estado de aparente normalidade após a poliquimioterapia. Esse resultado é alcançado em torno de um mês após o início do tratamento (fase de indução de remissão), quando os exames (de sangue e da medula óssea) não mais evidenciam células anormais.
Entretanto, pesquisas comprovam que ainda restam no organismo muitas células leucêmicas (doença residual), o que obriga a continuação do tratamento para não haver recaída. Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de célula afetada pela leucemia. Nas linfoides, pode durar mais de dois anos, e nas mieloides, menos de um ano, exceto nos casos de Leucemia promielocítica aguda, que também dura mais de 2 anos.
Mal de Alzheimer
Segundo o Ministério da Saúde, a doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado.
A causa da doença ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.
Recentemente a neurologista Brunna Jaeger Teló esclareceu dúvidas sobre cefaleia, ou seja, a popular dor de cabeça. Conforme Brunna, 90% das pessoas em algum momento terão cefaléia. E uma grande parte das pessoas acaba não procurando um médico especializado, para diagnóstico. Entre tantos tipos de dores de cabeça, está a enxaqueca. Ela pode ser diretamente afetada por fatores genéticos.
Confira:
Lúpus
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica pouco freqüente que atinge principalmente mulheres jovens; caracteriza-se por acometer múltiplos órgãos e apresentar alterações da resposta imunológica, com presença de anticorpos dirigidos contra proteínas do próprio organismo. Embora a causa do LES não seja conhecida, admite-se que a interação de fatores genéticos, hormonais e ambientais, participem do desencadeamento desta doença.
Sintomas:
Lesões de pele: as lesões mais características são lesões avermelhadas em maçãs do rosto e dorso do nariz; dor e inchaço, principalmente nas articulações das mãos; inflamação de pleura ou pericárdio (membranas que recobrem o pulmão e coração); inflamação no rim entre outros. O diagnóstico deve ser feito pelo conjunto de alterações clínicas e laboratoriais, e não pela presença de apenas um exame ou uma manifestação clínica isoladamente.
Tratamento:
O tratamento do LES depende da manifestação apresentada por cada um dos pacientes, portanto, deve ser individualizado. Seu objetivo é permitir o controle da atividade da doença, a minimização dos efeitos colaterais dos medicamentos e uma boa qualidade de vida aos seus portadores.
Prevenção:
Evitar fatores que podem levar ao desencadeamento da atividade do lúpus, como o sol e outras formas de radiação ultravioleta; tratar as infecções; evitar o uso de estrógenos e de outras drogas; evitar a gravidez em fase ativa da doença e evitar o estresse são algumas condutas que os pacientes devem observar, na medida do possível. O reumatologista é o especialista mais indicado para fazer o tratamento e o acompanhamento de pacientes com LES e quando necessário, outros especialistas devem fazer o seguimento em conjunto.
Fibromialgia
Conforme o Ministério da Saúde, é uma síndrome que engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono. Trata-se de uma forma de reumatismo associado à sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. Não é inflamatória.
As causas são a partir de diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles: doenças graves, traumas emocionais ou físicos, mudanças hormonais. Não existe método comprovado de prevenção, alguns especialistas indicam atividade física como auxiliar.
Os sintomas são concentrados em dores na nuca, lateral do pescoço, musculatura entre o pescoço e o ombro, ombro, segunda costela, cotovelo, nádegas, quadril e joelhos. Os principais sintomas são dor, desconforto muscular. Além desses, podem ocorrer: cansaço, fadiga inexplicável, tristeza, depressão, dificuldade de concentração, palpitação, sno não reparador, sensibilidade ao frio, sensação de formigamento em mãos e pés e tonteira. Seus sintomas podem provocar alteração do humor e diminuição da atividade física. Pode influenciar também no sono.
O objetivo do tratamento é acabar com a dor, melhorar os distúrbios do sono, melhorar os distúrbios do humor e qualidade de vida. Dividido em medicamentoso não medicamentoso.
*Com informações do Ministério da Saúde