O Ministério Público de Pelotas investiga um caso de surto de coronavírus confirmado no lar, Quinta Urbana. Na última quarta-feira (17), foi divulgada a informação que, desde o começo do surto, dez idosos morreram em decorrência da covid-19. A instituição de longa permanência afirmou que já notificou todos os familiares e segue monitorando os moradores que ainda estão no local.
Conforme o lar, os idosos receberam a vacina contra o coronavírus no dia 27 de janeiro, porém 48h após a imunização, apresentaram sintomas referentes a doença. Inicialmente, o médico do local e a vigilância epidemiológica da cidade, acreditaram se tratar de um efeito colateral da vacina.
Entretanto, no início de fevereiro, uma idosa apresentou sintomas graves e precisou ser hospitalizada. A senhora, acabou morrendo. Seu exame para covid-19 deu positivo após dois dias de sua morte. Posteriormente, outros sete idosos também morreram. Neste momento, 73 pessoas residiam no lar.
A Vigilância Sanitária esteve na instituição e, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, diversas irregularidades foram constatadas, como o uso de copos compartilhado e utilização de toalhas coletivas nos banheiros, contrariando o que exige o Plano de Contingência de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde do município, no mínimo 40 idosos testaram positivo para Covid-19.
No último Boletim Epidemiológico da cidade, divulgado na tarde desta quarta-feira (17), foi confirmada a morte de mais duas idosas que eram moradoras do lar. Dessa forma, o número de óbitos de idosos institucionalizados, subiu para dez, em decorrência desse surto. O MP recebeu a denúncia de que funcionários haviam positivado antes da morte da primeira idosa, e que os resultados foram omitidos da Vigilância Epidemiológica. O órgão informou que irá investigar a informação.
