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Mamonas Assassinas: morte dos integrantes da banda completa 25 anos

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No dia 02 de março de 1996, um acidente aéreo comovia o Brasil inteiro, quando os integrantes da banda brasileira de Rock Cômico, Mamonas Assassinas, morreram após o jatinho Learjet em que viajavam, modelo 25D prefixo PT-LSD, chocou-se contra a Serra da Cantareira, às 23h16, numa tentativa de arremetida, matando todos que estavam no avião. O enterro, no dia 4 de março de 1996 no cemitério Parque das Primaveras, em Guarulhos, São Paulo, foi acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto). O enterro também foi transmitido em TV aberta, com canais interrompendo sua programação normal.

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O som da banda consistia numa mistura de pop rock com influências de gêneros populares, tais como sertanejo, brega, heavy metal, pagode romântico, forró, música mexicana e vira. O único álbum de estúdio gravado pela banda, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, vendeu mais de 1 milhão 800 mil cópias no Brasil, sendo certificado com disco de diamante comprovado pela Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Com um sucesso “meteórico”, a carreira da banda durou um ano e meio, de outubro de 1994 a 2 de março de 1996.

Muita gente se pergunta como o Mamonas conseguiu atingir tanto sucesso entre todas as faixas etárias e sociais da nossa população, mesmo com canções “politicamente incorretas” que não deveriam tocar em rádios, por conta dos palavrões. Segundo a crítica especializada, a fórmula de sucesso do grupo estava calcada em letras de humor escrachado e canções ecléticas, de apelo pop, que parodiavam estilos diferentes, como rock, heavy metal, brega e até o vira português, entre outros. Para Rafael Ramos, produtor musical que descobriu os Mamonas, “tinha muita coisa estourando na época, mas ninguém fazia algo tão engraçado. O que veio depois era cópia. Eles eram muito carismáticos e, além disso, chegaram antes de muita gente”.

Outra questão levantada é qual o legado deixado por eles, já que as letras de suas canções eram apelativas – como a de “Robocop Gay”, que sofreu duras críticas de grupos LGBTs – e mesmo sofrendo duras críticas da mídia especializada, e mesmo sendo tachados de ridículos e palhaços da canção pela crítica especializada. Para muitos, a alegria e o humor irreverente, marcas do comportamento de seus jovens integrantes, liderados pela comédia natural do vocalista, aliado a letras irreverentes, figurinos exóticos e performance estilo pastelão, foi o legado deixado pelo grupo.

Conclusões sobre o acidente

Foto: jato executivo Learjet 25D, similar ao modelo que transportava a banda

O que consumou o acidente foi uma operação equivocada do piloto Jorge Luiz Martins e seu copiloto, depois de uma longa escala de voos que passavam por cidades onde ocorreram as apresentações da banda, segundo o CENIPA, centro de investigações e Prevenções de acidentes aeronáuticos, que assim concluiu para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo.

O que contribuiu para que o acidente ocorresse foi fadiga de voo, imperícia por parte do copiloto que não tinha horas de voo suficientes para aquele tipo e modelo de aeronave e não era contratado pela empresa de táxi aéreo MADRI, que transportava a banda, falha de comunicação entre a torre de controle e os pilotos, cotejamento e fraseologia incorretos das informações prestadas pela torre.

A 10 quilômetros do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, os pilotos pediram à torre de controle o procedimento de aterrissagem. Após uma tentativa de pouso sem sucesso, a aeronave foi arremetida e foi pedido uma nova autorização de pouso que foi autorizada pela torre de controle, daquele aeródromo. No entanto, em vez de fazer uma curva para a direita, onde fica a Rodovia Dutra, por uma falha de comunicação e fatores humanos, os pilotos efetuaram uma curva com o avião para a esquerda, chocando-se com a Serra da Cantareira.

*Com informações de Wikipédia