Em meio ao momento mais crítico da pandemia até aqui, e a tentativa do governo do estado em priorizar a vacinação dos profissionais da educação, mais uma carreira dedicada ao ensinamento, é silenciada pelo vírus da Covid-19.
A professora de alfabetização Larissa Oliveira Hax, de 32 anos, moradora de Pelotas e professora da Escola Santa Mônica – Unidade Centro, morreu na madrugada desta terça (09), vítima do coronavírus. Larissa estava internada desde a semana passada e nos últimos dias, tinha sido transferida para UTI de um hospital local por complicações da doença com mais de 50% do pulmões comprometidos. A educadora, não tinha comorbidades.
O falecimento da professora gerou enorme comoção na comunidade pelotense, já que familiares afirmam que ela teria sido contaminada após o retorno das aulas na rede privada do município, em fevereiro deste ano. O colégio em que Larissa lecionava, publicou em suas redes socais, uma nota de pesar em homenagem a alfabetizadora.
Prioridade na vacinação
O Governo do Estado e o Poder Legislativo em reunião no início de março, discutiram formas para buscar a antecipação da vacinação de trabalhadores da educação das redes pública e privada. A categoria já pertence ao grupo prioritário para a imunização, mas ainda não há previsão de quando o governo federal disponibilizará doses suficientes para vacinar todos os professores.
O governador Eduardo Leite assinou um ofício, que foi enviado ao ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, para formalizar o pleito. O texto argumenta que a postergação do retorno presencial das aulas representa o aumento do abandono e da evasão escolar, o crescimento do índice de distorção idade-série e perdas pedagógicas, entre outras consequências.
Se o cronograma apresentado pelo Ministério da Saúde for cumprido, a previsão é de que os professores comecem a ser vacinados em meados de maio.