O Brasil terminou o mês de fevereiro com o saldo de 401.639 mil novas vagas de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados em coletiva de imprensa virtual nesta terça-feira (30), pelo Ministério da Economia. O ministro Paulo Guedes participou do encontro e repercutiu os números.
Ele defendeu a vacinação de trabalhadores informais e do setor de serviços, que tem recuperado os postos de empregos perdidos na pandemia. “Nosso foco agora tem que ser a vacinação em massa, justamente para a proteção, principalmente dos quase 40 milhões de brasileiros do lado informal. Se do saldo do mercado formal criamos quase 1.700 milhão de novas vagas, sendo mais de 10%, 173 mil vagas foram do setor de serviço”, comemora o ministro da Economia.
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Ainda de acordo com o Caged, os números de fevereiro deste ano foram mais animadores do que no mesmo período do ano passado, quando o Brasil fechou o mês com 225 mil novas vagas. Em contrapartida, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o desemprego aumentou no Brasil e chega próximo aos 14%, o pior número desde 2012.
Para a economista Catharine Sacerdote, a disparidade dos números está na metodologia utilizada em ambas as pesquisas. “O Caged vai fazer apuração com base em números de carteiras assinadas. Todo mundo que tem carteira assinada tem seu recolhimento do INSS do FGTS. Então a gente está apurando essa informação. O IBGE faz uma pesquisa por amostra. Então, em capitais ela é geograficamente diferente, a gente vai ter dados de acordo com profissão”.
O único dado em comum entre o Caged e o IBGE envolve a região Sul do país. É que Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina estão entre os estados com menor número de pessoas desempregadas nas duas pesquisas. No IBGE, a taxa de desemprego é de quase 9%, bem abaixo da média nacional. E no Caged, o saldo de novos postos de trabalho foi de quase 100 mil, com destaque para o setor serviços. “Fevereiro é um mês que tradicionalmente apresenta saldo positivo em todos setores, principalmente no setor de serviços.
Esse saldo positivo no setor de serviços é anualmente muito influenciado pelo setor da educação, que nesse período do ano apresenta muitas contratações”, explica a coordenadora do Ministério da Economia, Mariana Almeida. Ainda de acordo com Catharine Sacerdote, a economia só vai melhorar com a aprovação das reformas que tramitam no Congresso Nacional. “Há vários caminhos, mas essas reformas são imprescindíveis para que comece a se reorganizar a estrutura de caixa do governo para que ele possa fazer planejamento de longo prazo. Quando você tem uma dúvida que está muito pertinho de tudo o que você recolhe, fica difícil fazer mobilizações”, destaca a economista.
