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Etapa gaúcha do 7º Ciclo de Conscientização encerra em Barão do Triunfo com grande público

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Barão do Triunfo sediou nesta quinta-feira, 30 de julho, o 7º Ciclo de Conscientização sobre saúde e segurança do produtor e proteção da criança e do adolescente, encerrando a etapa gaúcha do evento promovido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco). Durante a semana, Paraíso do Sul e Sinimbu receberam a programação que conta com o apoio das empresas associadas e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

O 7º Ciclo de Conscientização atende aos termos dos acordos firmados perante o MPT-RS e MPT-Brasília, e faz parte das ações de responsabilidade social que o setor de tabaco desempenha há muitos anos, envolvendo produtores de tabaco. Em seis edições, o Ciclo de Conscientização reuniu mais de 15 mil pessoas, em 38 municípios da Região Sul do País. Em setembro, os seminários acontecem em Santa Catarina e no Paraná.

Em Barão do Triunfo o evento reuniu cerca de 400 pessoas no Salão Paroquial Nossa Senhora do Rosário. De acordo com o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, a proteção de criança e do adolescente, o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e da vestimenta de colheita são importantes para a manutenção do Brasil como o maior exportador mundial de tabaco e de interesse máximo do produtor. “Conscientizar-se sobre a importância de seguir estas recomendações é bom para o negócio, mas ainda mais importante para o futuro das crianças e para a saúde dos produtores e das suas famílias”, falou o executivo.

“Além da questão da qualidade, nosso produto precisa ser sustentável, sem uso de mão de obra infantil e com práticas seguras. O dia de hoje serve para que se possa formar essa consciência. Não adianta fazer por obrigação. É importante que se entenda o porquê isso precisa ser feito”, falou aos presentes o vice-presidente da Afubra, Marco Dornelles. Segundo o prefeito de Barão do Triunfo, Rui Spotti, o tabaco continua sendo importante para o município, composto por pequenas propriedades. “Estamos muito avançados com a diversificação da lavoura, mas o tabaco é fundamental para geração de renda em pequenas áreas”, avaliou.

 

O advogado e procurador do Trabalho aposentado, Veloir Dirceu Fürst, dialogou com os produtores sobre a diferença entre exploração de trabalho infantil e convivência familiar. “O trabalho infantil se caracteriza ao utilizar crianças ou adolescentes para substituir a mão de obra adulta necessária”, explicou. Ainda segundo Fürst, o setor do tabaco já alcançou bons resultados na erradicação do trabalho infantil. “Enquanto a agricultura convencional tem uma incidência de 47% de mão de obra infantil; no setor do tabaco a incidência é de 6%”, comparou. Além disso, de acordo com o último censo do IBGE (2010), foi na produção de tabaco nas pequenas propriedades o maior índice de redução do trabalho infantil no País, em comparação com dados do penúltimo censo, realizado no ano 2000.

A programação seguiu com um vídeo sobre os aspectos relacionados à saúde e segurança do produtor e encerrou com a peça teatral Radio Fascinação apresentada pelo grupo santa-cruzense Espaço Camarim.

TEMAS DE CONSCIENTIZAÇÃO

• Não utilizar mão de obra de menores de 18 anos em qualquer etapa da produção de tabaco;

• Na colheita, utilizar o kit da vestimenta de colheita conforme orientação, evitar colher o tabaco quando as folhas estiverem molhadas pela chuva ou orvalho e dar preferência aos horários menos quentes do dia para a colheita do tabaco;

• Durante o manuseio e aplicação de agrotóxicos, sempre utilizar o EPI específico. Somente utilizar agrotóxicos registrados, de acordo com a receita agronômica, e não permitir a aplicação por menores de 18 anos, idosos e gestantes. Realizar a tríplice lavagem das embalagens vazias e sinalizar áreas recém-tratadas.