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Agentes públicos são acusados de vender sepulturas de cemitério em cidade gaúcha

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Dois agentes que já foram servidores públicos lotados na Secretaria de Serviços Urbanos de Itaqui estão sendo denunciados pelo Ministério Público por corrupção passiva. A dupla é acusada de vender sepulturas do cemitério municipal de Itaqui.

De acordo com o promotor de Justiça Vitor Hugo Chiuzuli, as sepulturas são consideradas bens públicos de uso especial, conforme o Código de Posturas do Município de Itaqui. A denúncia foi aceita nesta segunda-feira, 14 de junho. Além disso, atendendo ao pedido do MP de Itaqui, a Justiça proibiu os réus de acessarem o cemitério e os afastou cautelarmente dos seus cargos. Eles são investigados por outros três expedientes semelhantes.

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O promotor explica que, em abril de 2019, os denunciados aproveitaram que um pai tinha de retirar os restos mortais de seu filho do jazigo municipal para realocar em outro local e ofereceram novos espaços por R$ 200,00 e R$ 400,00. “Os denunciados vêm utilizando os cargos públicos que ocupavam para prática de reiterados crimes contra a Administração Pública Municipal, especialmente a venda e a comercialização de bens públicos de uso especial consistentes em terrenos e jazigos do Cemitério Público Municipal de Itaqui”, detalha.

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A investigação aponta que o crime ocorria ao menos desde 2010. “É inestimável o prejuízo causado por pessoas que se imiscuíram no serviço público, trabalhando como verdadeiros donos dos bens públicos e dispondo para terceiros mediante cobrança e, ainda por cima, apropriando-se de dinheiro e bens públicos. A situação exige uma resposta à população de Itaqui, sobretudo e especialmente quando se está tratando de prática que viola, inclusive, o respeito aos mortos e explora a fragilidade emocional das pessoas e o interesse em preservar a memória de entes queridos”, argumenta o promotor na peça.