Já afetados pela crise financeira do Estado, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) prevê um prejuízo ainda maior com o bloqueio de recursos federais ao RS. O transporte escolar e a saúde serão as áreas mais afetadas. Segundo o coordenador-Geral da Famurs, Márcio Espíndola, as prefeituras gaúchas vão deixar de receber R$ 47 milhões para as duas áreas em agosto.
“Para vocês terem uma ideia, o município de São José do Norte solicitou ao governo do Estado e prorrogou o início das aulas em mais uma semana para poupar dinheiro de diesel, motorista e do transporte escolar por já não ter recursos do município”, contou.
Somente oito prefeituras do Rio Grande do Sul não têm convênio para transporte escolar com o Estado. Então, 489 municípios vão ser atingidos com a falta de recursos. Espíndola afirma que a Federação já encaminhou ao Estado alternativas que ajudariam a amenizar a crise. Eles defendem o aumento dos depósitos judiciais e o combate à sonegação fiscal.
“Os municípios também já estão poupando na conta de telefone, salários de CC’s, poupando tudo o que podem. Sabemos, porém, que nada vai se resolver em curto prazo”, disse.
Sobre o aumento de ICMS, o coordenador explica que a Famurs ainda não apresentou uma posição oficial sobre a medida.
