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Contrabando de cigarro movimenta R$ 500 mi em corrupção por ano

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Apenas em 2015, já foram apreendidas quatro milhões de carteiras de cigarros contrabandeadas no Rio Grande do Sul. Por ano, estima-se que o mercado de contrabando de cigarros movimente R$ 500 milhões em corrupção em todo o País.

De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), de 2010 a 2014, houve um aumento de 45% de contrabando de cigarro. O Estado foi o terceiro com o maior número de apreensões no ano passado, perdendo para Paraná e São Paulo.

Dos produtos contrabandeados que entram no Brasil, 67% são cigarros. Os criminosos realizam o transporte em duas rotas, com a porta de entrada na fronteira do Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este.

O preço médio do cigarro no Paraguai equivale a R$ 0,70. No Brasil, a mercadoria é comercializada a partir de R$ 2,40. O custo do contrabando é de 22,24%, o que representa um lucro de 179,68% até 231,15%. Com a logística, os criminosos têm um gasto baixo, e o custo corresponde apenas a 3,24% do valor que recebem com a mercadoria.

Conforme o coordenador do Idesf, Luciano Stremel Barros, o que falta é investimento em emprego e renda, já que menos da metade dos habitantes dessas áreas onde acontecem a receptação dos produtos trabalham formalmente.

“É necessário trabalhar a questão do emprego e renda na fronteira. São muitos baixos esses índices de trabalho formal. Em Foz do Iguaçu, apenas 29% da população economicamente ativa trabalha formalmente”, diz Barros.

Ainda segundo Barros, duas marcas são contrabandeadas do Paraguai e não passam por nenhuma fiscalização.

“O custo não é só esse, de evasão fiscal, de ICMS. Passa também em saúde pública. (Esse tipo de cigarro) tem péssima qualidade, não tem controle da Anvisa. E onde vai se tratar depois? Na rede de saúde pública”, salienta.