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Porto Alegre seleciona famílias para acolher crianças

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A Prefeitura de Porto Alegre seleciona famílias para abrigar crianças e adolescentes afastados temporariamente dos pais. A ação faz parte do Programa de Acolhimento Familiar. O Abrigo João Paulo Segundo é o primeiro e único a contar com o Programa na capital do estado. A parceria começou no final de 2019. As primeiras famílias começaram a ser capacitadas no início de 2020. Qualquer criança ou adolescente poderia ir para o Família Acolhedora, mas o programa é inicialmente previsto para até 20 famílias, para que a equipe reduzida consiga dar conta do atendimento de todas. Por isso, foi estabelecido por pacto entre o Abrigo João Paulo, o poder judiciário e a Fundação de Assistência Social e Cidadania que o programa deve priorizar crianças da primeira infância, de 0 a 6 anos, neste primeiro momento.

A coordenadora do Programa Família Acolhedora do Abrigo João Paulo Segundo, psicóloga Suzana Morais Pellegrini, destaca os pré-requisitos para as famílias que desejam acolher pela iniciativa.

Além desses, outro pré-requisito é que a família não esteja cadastrada no cadastro nacional de adoção, justamente para não confundir o acolhimento temporário com a adoção. As famílias acolhedoras não se comprometem a assumir a criança como filho, mas sim atuar como parceiras do sistema de atendimento e auxiliar na preparação para o retorno à família biológica ou para a adoção. Essa transição da acolhida ao desligamento da família para voltar à família biológica é um processo gradual trabalhado com as três partes, criança, família acolhedora e família biológica. Durante o período de acolhida, são feitas visitas entre a criança ou adolescente e a família biológica ou extensa (no caso, avós, tios). A exceção às visitas fica para casos em que há medida restritiva. Após o período de acolhimento, na maioria dos casos, as famílias mantêm contato pensando no melhor para a criança que construiu vínculos com as duas. A coordenadora do Programa Família Acolhedora na capital explica o processo que a família acolhedora passa até o acolhimento da criança ou adolescente. 

Com exceção dos casos de irmãos, cada família pode acolher uma criança ou adolescente por vez. A família recebe uma ­ajuda de custo de um salário mínimo por mês. As famílias acolhedoras são acompanhadas por uma equipe técnica que realiza visitas domiciliares e faz os encaminhamentos necessários. Essa equipe de acompanhamento é composta pela coordenadora do Programa Família Acolhedora do Abrigo João Paulo Segundo, por uma assistente social e uma psicóloga.

A FASC estima que cerca de 600 crianças estão em situação de acolhimento institucional atualmente na capital. Deste número, quase 300 poderiam estar em lares temporários. A coordenadora do Programa Família Acolhedora do Abrigo João Paulo Segundo, psicóloga Suzana Morais Pellegrini destaca a importância da iniciativa para as crianças que são acolhidas.

Ainda segundo a coordenadora do Programa Família Acolhedora em Porto Alegre, Suzana Morais Pellegrini, desde que o programa começou na capital há cerca de 1 ano, em torno de 12 crianças já foram acolhidas e desvinculadas ou estão em acolhimento. As famílias interessadas em acolher devem preencher um formulário de cadastro no site do Abrigo João Paulo Segundo. Ou entrar em contato com o Abrigo pelo telefone DDD 51 número 9 97252653 ou email [email protected].