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Atletas paralímpicos enfrentam calor e sono em primeiros dias de aclimatação antes dos Jogos de Tóquio

Abertura dos jogos acontecerá no próximo dia 24 de agosto. Fotos: CBVD
Abertura dos jogos acontecerá no próximo dia 24 de agosto. Fotos: CBVD

Apesar da longa viagem entre o Brasil e a cidade de Hamamatsu, local da aclimatação da delegação brasileira paralímpica para a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, os atletas brasileiros têm enfrentado o calor e adaptação ao fuso horário como os principais desafios nos primeiros dias em solo japonês.

O país asiático está 12 horas à frente do Brasil e o mês de agosto é considerado um dos meses mais quentes e úmidos em todo o Japão no ano. A cerimônia de abertura dos Jogos, que será realizada no Estádio Nacional do Japão, às 8h (horário de Brasília), acontecerá no próximo dia 24 de agosto.

“Ainda estou sentindo muito o fuso, ainda estou um pouco ‘aérea’. Estou com muito sono. Dentro de alguns dias, entro no eixo. Cheguei [ao Japão] às 4h da manhã, fiquei acordada o dia inteiro e só fui dormir às 19h30 da noite do mesmo dia”, relatou Lorena Spoladore, velocista e saltadora paranaense da classe T11.

A Seleção Brasileira de atletismo paralímpico foi uma das que mais sentiu também os efeitos do calor nipônico, já que os primeiros treinos da modalidade aconteceram a céu aberto no estádio do Yotsuike Park, no Distrito Naka.

“Foi muito gostoso [fazer o primeiro treino em Hamamatsu], a pista é muito boa. Apesar do calor, que está grande, a pista é muito veloz e acho que até vou ter que fazer novas adaptações das marcas para os meus saltos. Vamos ver como será nos próximos treinos. Mas gostei muito”, afirmou Lorena, que é cega devido a um glaucoma congênito, dona de duas medalhas nos Jogos do Rio 2016: bronze no salto em distância e prata no revezamento 4x100m livre T11-13.

“Já tivemos o primeiro treino aqui e pudemos sentir o clima e o calor do Japão. Mesmo assim, estamos ansiosos para chegar logo em Tóquio e conhecer a Vila [Paralímpica]”, completou Vinícius Rodrigues, recordista mundial nos 100m na classe T63 (para amputados de perna).

Já a comissão técnica da Seleção Brasileira de tênis de mesa realizou uma palestra para os atletas da modalidade sobre o tema “sono” antes do embarque na semana passada, no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. 

“Um dos técnicos da comissão técnica é estudioso do sono e fez uma palestra conosco para preparar a gente em conseguir retomar o ‘estado normal’ o mais rápido possível. Então, saímos do Brasil sabendo que a viagem seria cansativa e dessa dificuldade da recuperação da rotina nos primeiros dias no Japão. O sono ainda está um pouco bagunçado, mas, com certeza, até o dia 25 já estaremos bem adaptados”, estimou o paulista Paulo Salmin, mesa-tenista da classe 7, referindo-se ao primeiro dia de disputa dos Jogos.

Estes fatores têm feito as comissões técnicas do Brasil ficarem ainda mais atentas aos aspectos físicos dos atletas durante a aclimatação em Hamamatsu. Elementos como hidratação e descanso, já valiosos durante os processos de treinamentos, ganharam importância ainda maior.

“Esta aclimação está sendo fundamental para nós. Estamos indo para o treino na quadra e percebendo o quanto está sendo exigido da parte física dos atletas porque [o Japão] é um ambiente que eleva muito rapidamente a temperatura corporal e precisamos hidratar bem, já que o desgaste físico é muito grande. As seleções que têm pretensões de chegarem às fases finais dos Jogos, vão precisar utilizar todo o elenco nas partidas”, avaliou Alessandro Tosim, técnico da Seleção Brasileira masculina de goalball.

Foto: Ale Cabral / CPB

Após quase 50 horas de viagem, as Seleções Brasileiras de vôlei sentado desembarcaram em solo japonês e iniciaram a preparação final antes do início dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Os atletas treinaram com bola pela primeira vez no Ginásio da cidade de Hamamatsu, local onde as equipes estão realizando a aclimatação.

Com a chegada no Japão, toda a equipe técnica das equipes estão se dedicando em dar os últimos ajustes nos atletas para que atinjam 100% nas partidas dos Jogos. O objetivo do período de aclimatação é para que os atletas e comissão técnica possam se adaptar ao clima e ao fuso horário japonês.

O técnico da Seleção masculina comentou da viagem cansativa realizada do Brasil até o Japão. “Fizemos uma boa viagem, muito cansativa, porém que vale a pena. Estamos chegando bem, graças as condições oferecidas pela CBVD e pelo CPB, onde chegamos em excelente forma. Nosso intuito é continuar a lapidação dos atletas e o entrosamento da equipe, vamos também nos acostumando com o fuso horário, que são 12 horas há mais, para isso, levaremos alguns dias”, frisou Célio Mediato.

O técnico da seleção feminina, José Guedes, destacou as 46 horas de deslocamento até a chegada no Japão. “Se contarmos o tempo da saída do Centro de Treinamento, em São Paulo, até o desembarque no hotel em Hamamatsu, foram 46 horas de deslocamento. Chegamos tudo bem, as meninas estão animadas na Terra do Sol Nascente para a disputa das Paralimpíadas. Nesta quarta iniciaremos as atividades e seguimos até o dia 21 de agosto, data que sairemos para a Vila. Neste período,  faremos treino na quadra, na academia e recovery na piscina, sendo três atividades diárias, sendo dois treinos na quadra”, concluiu.

Jogos


A World ParaVolley, entidade máxima que rege o vôlei sentado no mundo, divulgou a tabela de jogos da fase de grupo dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O Brasil estreia com a equipe feminina na competição no dia 27 de agosto, às 6h30 (horário de Brasília), contra o Canadá; o time masculino joga no dia 28 de agosto, às 6h30 (horário de Brasília), contra a China.

No dia 29, a equipe feminina encara o Japão, às 8h30, e no mesmo horário do dia 30, a seleção masculina joga contra o Irã. Encerrando a fase de classificação, no dia 31, o time masculino enfrenta a Alemanha, às 2h da madrugada, e as meninas jogam às 22h contra a Itália.