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A previsão para a safra de trigo é boa, mas duas regiões sofrem com a falta de chuva

FARSUL acredita que a área plantada com trigo deve chegar a 1.150 mil hectares. Foto: fernando Dias/Divulgação
FARSUL acredita que a área plantada com trigo deve chegar a 1.150 mil hectares. Foto: fernando Dias/Divulgação

Representantes do setor produtivo, financeiro, industrial,
das cooperativas, da área de pesquisa e dos governos estadual e federal
estiveram presentes em reunião virtual esta tarde (17/08) da Câmara Setorial do
Trigo, organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
(SEAPDR). Os dados preliminares de produção, colheita e área do trigo foram
apresentados pelas diferentes entidades.

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul
(FARSUL) acredita que a área plantada com trigo deve chegar a 1.150 mil hectares
com uma colheita de 3 milhões e meio de toneladas. Segundo Hamilton Jardim, que
também é presidente da Câmara Nacional das Culturas de Inverno do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), “ainda é cedo para os números
definitivos. Mas o cenário positivo e a expectativa dos produtores é grande,
levando a estes números”.

Já a EMATER tem a estimativa de uma área plantada de 1.100
mil hectares, com uma produtividade que pode ficar acima de 3.000 kg/ha. “As
intempéries, principalmente a geada, causaram estragos pontuais em algumas
lavouras. E nós temos relatos de baixo desenvolvimento na região das Missões
por causa da estiagem. Mas como existem diferenças entre as regiões, até o
momento a nossa expectativa é de que a safra seja favorável”, avalia Elder Dal
Prá, da gerência técnica da EMATER/RS.

O representante da Companhia Nacional de Abastecimento
(CONAB), Carlos Bestetti, acredita que a área deve ficar em torno de 1.145 mil
ha, com uma produtividade de 3.302 kg/ha e uma produção total de 3.781 mil
toneladas. Mas, segundo ele, existe uma preocupação com o fator climático nas
regiões Noroeste e Missões.

“A planta está sentindo muito a falta de umidade
nestas regiões, já tem trigo morrendo e as previsões climáticas não são
animadoras, não tem chuva prevista. E o trigo precisa de umidade no período de
florescimento”, diz Bestetti.

O assessor de agronegócio do Banco do Brasil, Edgar Erhart,
relata que os meses de junho e julho foram bons para a cultura do trigo. Mas
que agosto chegou com chuvas dispersas e que no Noroeste gaúcho já existem
bolsões de seca, com níveis de umidade muito baixos.

“As plantas não estão
conseguindo desenvolver o seu potencial. Estamos em situação de alerta”, afirma
Edgar.

Outros assuntos

A Câmara Setorial aprovou o encaminhamento de campanhas
educativas, por parte das entidades de produtores, cooperativas e assistência
técnica, visando a utilização de produtos registrados para a cultura do trigo,
exaltando as boas práticas agronômicas para garantir a qualidade do trigo
gaúcho.

Participaram da reunião: SINDITRIGO, FECOAGRO, FARSUL,
EMBRAPA Trigo, EMATER, CONAB, MAPA, Banco do Brasil, Biotrigo Genética, Bolsa
Brasileira de Mercadorias, OR Sementes e SEAPDR.