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Ferrovia Norte-Sul deve passar por Camaquã, diz Governo

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Viabilidades técnica, econômica e ambiental da Ferrovia Norte-Sul estão garantidas. O que ainda falta para colocar o projeto de infraestrutura nos trilhos é dinheiro: R$ 8,7 bilhões para o trecho que ligará Chapecó (SC) a Rio Grande (RS), conforme previsão de orçamento, que dependem de investimento da iniciativa privada.

Elaborado pela Valec, estatal ligada ao Ministério dos Transportes, o estudo da obra foi apresentado na manhã desta sexta-feira, em Porto Alegre. Titular da pasta, o ministro Antonio Carlos Rodrigues explicou detalhes do projeto, como a indicação de traçado e o número de municípios impactados, a políticos e empresários gaúchos — uma indicação de que, apesar da conjuntura financeira pouco favorável, há intenção de tornar a ferrovia realidade.

— O ministério já fez a parte técnica. Agora, viemos pedir a colaboração aos empresários — disse Rodrigues.

Com a concessão, o investidor privado ficará responsável pela construção, operação e manutenção da ferrovia. O estudo indica que a obra ligará o Porto de Rio Grande, o oeste de Santa Catarina, o Paraná e o Mato Grosso do Sul com a malha já existente. E empresários do Estado pedem que a construção comece por aqui.

— Para transportar uma tonelada de soja de Santa Rosa para o Porto de Rio Grande, o custo é maior do que o custo de transportar essa mesma tonelada de soja para o porto de Xangai, na China — exemplificou o presidente Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Heitor José Müller, que pediu, também, intervenção nas condições das estradas.

O trecho entre Chapecó e Rio Grande terá extensão de 833 quilômetros — somente em território gaúcho, 30 municípios (entre eles, Santa Maria, Cruz Alta e Pelotas) devem ser impactados diretamente com o objetivo de minimizar custos de transporte. Otimista, o secretário dos Transportes e Mobilidade do Estado, Pedro Westphalen, acredita que as obras possam começar em dois anos.

— A decisão da rodovia está tomada. O traçado está praticamente feito, em cima de estudo técnico, então não está mais nesse nível de discussão. A discussão está, agora, na busca de investidores para que se viabilize essa ferrovia pela iniciativa privada. Não há outra maneira de se fazer — apontou o secretário.