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Nova variante do coronavírus é detectada na África do Sul

Foto: Débora Barreto/ Fiocruz
Foto: Débora Barreto/ Fiocruz

Cientistas da África do Sul detectaram uma nova variante do
novo coronavírus com diversas mutações, mas ainda não determinaram se ela é
mais contagiosa ou capaz de superar a imunidade fornecida por vacinas ou uma
infecção anterior.

A nova variante, conhecida com C.1.2, foi detectada
primeiramente em maio e já se disseminou na maioria das províncias
sul-africanas e em sete outros países da África, Europa, Ásia e Oceania, de
acordo com pesquisas ainda não submetidas à revisão da comunidade científica.

Ela contém muitas mutações associadas a outras variantes com
uma transmissibilidade acentuada e uma sensibilidade reduzida a anticorpos
neutralizadores, mas estas ocorrem em uma mistura diferente, e os cientistas
ainda não têm certeza de como elas afetam o comportamento do vírus. Testes de
laboratório estão em andamento para determinar o quanto a variante é
neutralizada por anticorpos.

A África do Sul foi o primeiro país a detectar a variante
Beta, uma de somente quatro classificadas pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) como “variantes de preocupação”.

Acredita-se que a Beta se espalha mais facilmente do que a
versão original do novo coronavírus que causa a covid-19, e existem indícios de
que as vacinas têm menos efeito contra ela, o que leva alguns países a restringirem
viagens de e para a África do Sul.

Richard Lessells, especialista em doenças infecciosas e um
dos autores da pesquisa sobre a C.1.2, disse que o surgimento da variante
mostra que “esta pandemia está longe do fim e que este vírus ainda está
explorando maneiras de possivelmente ficar melhor em nos infectar”.