A área desmatada chega 335
hectares no Rio Grande do Sul. Segundo dados apresentados nesta terça-feira (28)
pelo Ministério Público do Rio Grande, em conjunto com órgãos ambientais do
estado, houve um aumento de 73% no desmatamento do Bioma mata atlântica na
comparação entre 2021 e 2020.
Os números são da quarta edição
da operação nacional “Mata Atlântica em pé”, que contou com a participação e o
apoio de diversas instituições, como a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e
Infraestrutura, a Fepam, o Comando Ambiental da Brigada Militar e a Prefeitura
de Gramado.
A maior parte do desmatamento foi
praticado pela agropecuária irregular no Rio Grande do Sul, tanto em pequenas
como em grandes áreas do bioma mata atlântica, revelaram os técnicos da Fepam
presentes na Coletiva imprensa concedida no Ministério Público Estadual em
Porto Alegre. As multas aplicadas chegam a mais de R$ 2 milhões. Entre as
apreensões, a operação recolheu 146 metros cúbicos de madeira Araucária.
A força-tarefa quer identificar
as áreas de Mata Atlântica desmatadas ilegalmente nos últimos anos, reprimir os
atos ilícitos e responsabilizar os infratores nas esferas administrativa, civil
e criminal. O Coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio
Ambiente, o promotor, Daniel Martini revela que os dados preocupam muito as
autoridades, mas ressalta que a tecnologia tem ajudado os órgãos ambientais, a
atuar de forma mais rápida e reprimir o desmatamento.
Ainda segundo os integrantes da
ofensiva, as áreas identificadas estão
localizadas em 24 municípios: André da Rocha, Antônio Prado, Casca, Doutor
Ricardo, Erechim, Erval Grande, Fontoura Xavier, Guaporé, Ibirapuitã,
Jaquirana, Lagoa Vermelha, Monte Alegre dos Campos, Paraí, Roca Sales, Santo
Antônio do Palma, São Domingos do Sul, São Francisco de Paula, São Valentim,
Serafina Corrêa, Soledade, União da Serra, Vacaria, Vila Maria e Gramado.
Conforme a Fundação SOS Mata
Atlântica, o bioma abrange cerca de 15% do território nacional, em 17 Estados.
Atualmente, restam apenas 12,4% da floresta que existia originalmente e, desses
remanescentes, 80% estão em áreas privadas. A operação foi coordenada
nacionalmente, por meio do Ministério Público do Paraná e executada a partir
dos MPs estaduais em 17 estados.
