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Ilustradora condena estereótipos e valoriza diversidade no livro

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De um exercício despretensioso para testar os lápis de cor surgiu um potente apelo contra o preconceito e o aprisionamento em estereótipos. O livro Mulheres – Retratos de Respeito, Amor-próprio, Direitos e Dignidade, da designer mineira Carol Rossetti, lançamento da Sextante, apresenta personagens protagonizando situações cotidianas em que ficam evidentes os padrões excludentes que norteiam a sociedade e o cerceamento à autonomia feminina.

Almejando também a atenção do público masculino e com situações que podem ser facilmente transpostas ao universo dos homens, o livro transita entre uma grande variedade de questões sobre corpo, vestuário, identidade, amor e escolhas. Cada ilustração é acompanhada de um pequeno texto, contrapondo um comentário que critica ou desqualifica a mulher a outro que valoriza a diversidade e as peculiaridades de cada uma: por exemplo, “Jane ouve de várias pessoas que ela ‘ficaria muito bonita se emagrecesse’. Jane, sua beleza e seu amor-próprio não são medidos em quilos (e é provável que quem lhe disse isso fosse mais bonito se tivesse a língua menor)” ou “Letícia cortou o cabelo bem curtinho e o pessoal do trabalho perguntou se ela ‘virou sapatão’. Letícia não entendeu, mas conferiu mesmo assim que continuava calçando 36. Tem que rir pra não chorar, né, Letícia?”. É provável que até o mais liberal dos leitores conclua ser também um propagador de intolerâncias, ainda que encobertas pelo pretexto do humor.