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Diretora do CPERS Camaquã aponta falta de diálogo, investimento e segurança em retorno das aulas presenciais

Foto: Bruno Bonilha/Acústica FM
Foto: Bruno Bonilha/Acústica FM

Maria Norma Dumer, Diretora Geral do CPERS Camaquã,
participou do programa Primeira Hora na manhã desta quinta-feira (28), onde
repercutiu a decisão do governo de tornar obrigatória a volta às aulas presenciais
no Estado. A medida será válida aos estudantes da Educação Básica (educação
infantil, ensino fundamental e ensino médio) e todas as redes de ensino do Rio
Grande do Sul (estadual, municipais e privadas).

A diretora diz que o governador Eduardo Leite está dando
ouvidos somente ao mercado, e não está escutando os profissionais da educação.
Ela pediu cautela no retorno as aulas presenciais.

Norma relatou uma divisão entre os trabalhadores.

“Há uma ansiedade, uma dificuldade, que foi criada pela
falta de investimento e de atenção do governo para a categoria e para a
comunidade escolar, que é a questão da internet.”, diz ela se referindo as aulas
online realizadas durante a pandemia.

Ela diz que o governo não fez absolutamente nada em relação
a investimento em internet e aparelhos de qualidade para os profissionais da
educação e alunos.

“Tem muitas falhas neste processo. O governo continua
ouvindo o mercado, os apelos do lucro, e não há investimentos na educação.”,
disse.

Sobre o retorno das aulas presenciais, Norma diz que não são
todas as escolas que tem condições de oferecer um retorno seguro, pois não
recebem recursos para isto. Ela afirma que as chamadas “escolas de excelência”
tem condições de receber os alunos com segurança, mas as outras não.

“O que o governo está fazendo é praticamente tornando as
escolas um depósito das crianças.”, afirmou.

Ela lembrou que os casos de covid-19 estão subindo novamente
na Região Sul do Estado. Nesta quarta-feira (27), o Grupo de Trabalho Saúde
divulgou um novo Aviso para a região Covid de Pelotas, que recebeu a
notificação pela segunda semana consecutiva.

“As crianças com menos de 12 anos não estão vacinadas, e as
que tem mais de 12 anos, nem todas receberam as duas doses.”, lembrou Norma.

A Diretora Geral do CPERS Camaquã também constatou a falta
de materiais de segurança e profissionais para manter a higienização das
escolas. O sindicato não foi procurado pelo governo do Estado para discussão da
pauta.

“É temerário. Nós estamos em estado de alerta.”, concluiu
Norma sobre o retorno presencial.