A raça Crioula promete ser o grande destaque de comercialização da 38ª Expointer. Segundo o superintendente do Serviço de Registro Genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), o veterinário Rodrigo Teixeira, ainda faltam dois eventos da entidade na feira, mas os números de negócios já ultrapassaram os registrados em 2014.
Teixeira foi o convidado do Sindicato Veterinário do Rio Grande do Sul (Sinvet) desta quarta-feira (2) para falar sobre Bem-Estar na Raça Crioula. Segundo ele, o sucesso de comercialização é resultado de trabalho intenso com a raça, que segue um rigoroso padrão, desde o reconhecimento do parque, de piso, bretes, áreas de descanso e cocheiras até cuidados com segurança privada e manejo.
As empresas que transportam os animais para eventos, dentro e fora do Estado, são treinadas para garantir o conforto deles. “Todo o recurso da associação é investido no cavalo Crioulo. Este ano, inauguramos no Parque de Exposição Assis Brasil uma estrutura pensada para o animal, o criador e o público. Para 2016, estamos projetando a ampliação, com estacionamento próprio, cobertura da pista e camarotes. A crise não é entrave para o sucesso da raça na Expointer”, afirmou Teixeira.
Outro investimento da ABCCC foi em um canal na internet para acompanhar, em tempo real, as provas e os julgamentos. Vinte e cinco países já assistiram aos eventos diretamente do Parque Assis Brasil, pelos sites www.abccc.com.br e www.cavalocrioulo.org.br.
Responsável pela movimentação econômica de cerca de R$ 1,3 bilhão e gerando em torno de 240 mil empregos, o cavalo Crioulo vem galopando a passos fortes para o centro do Brasil. De acordo com a ABCCC, o crescimento do número de animais na Expointer foi de 7,3%, enquanto o faturamento em leilões e vendas diretas aumentou 8,1%, atingindo R$ 198 milhões. O Brasil tem 337 mil cavalos Crioulos, sendo 67 mil no Rio Grande do Sul.
