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Audiência pública irá debater o risco da chegada de piranhas na Costa Doce

Especialistas não descartam a possibilidade de cercamento de algumas praias. Foto: Divulgação
Especialistas não descartam a possibilidade de cercamento de algumas praias. Foto: Divulgação

Uma audiência pública deverá ser convocada em breve, para
tratar sobre a possibilidade da chegada de piranhas na Lagoa dos Patos. A
informação foi confirmada nesta sexta-feira (12), pelo deputado Marcos Vinícius
Vieira de Almeida (Progressistas).

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O tema vem sendo acompanhado com muita atenção pelas
autoridades do estado, principalmente após especialistas confirmarem que é real
o risco de que as palometas se espalhem pelo sistema fluvial do Rio Grande do
Sul.

“Além dos danos ambientais, sabemos que há riscos de
prejuízos econômicos, seja para a pesca como ao turismo da Costa Doce”,
destacou o parlamentar.

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Ainda não há uma data estabelecida para a realização da
audiência, que além de parlamentares da Assembleia Legislativa, deve reunir também
os representantes das cidades da região Costa Doce.

Em setembro deste ano, a Defesa Civil de Cachoeira do Sul
apresentou um relatório sobre a invasão de palometas, uma espécie de piranha
que passou a ser encontrada no Rio Jacuí nos últimos meses. Agora em novembro,
autoridades da área ambiental, alertam que elas já chegaram ao Guaíba e estão
próximas da Lagoa dos Patos.

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O estudo apresentado pela Defesa Civil, aponta que sete em
cada dez piranhas capturadas na bacia do Rio Jacuí, possuem condições de
reprodução, o que indica a possibilidade de a espécie se espalhar por todo o
sistema fluvial do Rio Grande do Sul. Ainda de acordo com os dados, não há
predador natural para as chamadas piranhas vermelhas no estado.

As autoridades identificaram elas também na Bacia do Guaíba,
próximo a Barra do Ribeiro. Os especialistas salientam que não há barreiras
para que elas alcancem outros afluentes das bacias do Jacuí, Guaíba, Lagoa dos
Patos, entre outras.

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A Defesa Civil ainda informou que a invasão traz riscos aos
banhistas, sobretudo para quem tiver algum ferimento no corpo, e aumenta o
desequilíbrio no ecossistema, pois elas se alimentam de outros peixes. Do total
das amostras, 24% tinha mais de 20 centímetros de comprimento, o que indica o
tamanho do problema.

Especialistas não descartam a possibilidade de cercamento de
algumas praias, caso a situação fuja do controle. Eles alegam que é raro uma
piranha deste tipo atacar banhistas, pois geralmente elas fogem quando percebem
a movimentação.

A infestação de piranhas vem afetando consideravelmente a
renda de pescadores gaúchos, que estão percebendo a diminuição considerável de
peixes no Rio Jacuí. Trata-se das “piranhas vermelhas de água doce”, também
conhecida como palometa.

Este tipo de piranha, que é nativa do Rio Uruguai, possui
coloração avermelhada, com cabeça e dorso acinzentados e chegam a medir até 30
cm de comprimento. Muitas vezes temida por causa de seus ataques agressivos e
frenéticos, a piranha-vermelha tem uma reputação de um predador voraz e
agressivo, com dentes afiados e apetite insaciável.

Amplamente distribuída por todo o continente sul-americano,
a piranha-vermelha é encontrada em rios tropicais de água doce na Argentina,
Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai e
Venezuela.