Terminou por volta das 19h dessa quarta-feira (17), o júri
popular do réu Pedro Alberto Zimmermann, 52 anos. Ele foi julgado pelos crimes
de feminicídio, estupro e ocultação de cadáver.
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Ele foi acusado de, em março de
2019, estuprar, matar e ocultar o corpo da adolescente, Maria Eduarda da Silva
Zambom, 15 anos na época do fato. Pedro
era motorista escolar da cidade.
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Em conformidade com a decisão do
Conselho de Sentença formado por 4 homens e 3 mulheres, a Juíza Presidente do
Tribunal do Júri da Comarca de Catuípe, Rosmeri Oesterreich Krüger condenou o
réu a 37 anos de reclusão para o delito de feminicídio. O réu permanecerá preso
na Penitenciária Modulada de Ijuí/RS e não poderá apelar em liberdade.
Também foi decidido que o valor do veículo de Pedro,
apreendido para a prática do crime, seja dividido entre os pais da vítima,
devendo o valor da transferência ser custeada pelo réu.
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Sentença
Em sua análise, a magistrada concluiu que os motivos e as
circunstâncias serviram para qualificar o crime. Frisou a acentuada
culpabilidade do réu frente à intensidade de dolo no seu agir, tendo o réu
premeditado a condução da menor até o local dos fatos. Com a ocultação do corpo
da vítima, a Juíza citou consequências graves, diante do sofrimento vivido por
familiares da vítima que levou mais de 24 horas até obterem a certeza da morte
de Maria Eduarda. Também destacou que o comportamento da vítima não contribuiu
para a prática do crime, tendo o condenado consciência da ilicitude de seu ato,
sendo-lhe exigida conduta diversa.
Caso
O crime ocorreu em março de 2019, na localidade de Passo
Burmann – zona rural de Catuípe. Pedro Zimmermann – que atuava como motorista
escolar da cidade – aproveitou o fato de ser conhecido da família para buscar a
adolescente Maria Eduarda da Silva Zambom, com 15 anos na época do fato, com o
pretexto de levá-la à escola. Já premeditando o crime, trocou a van escolar
para utilizar seu carro particular.
No caminho, parou o veículo perto de um
matagal e praticou o crime de forma violenta e ameaçadora contra a vítima. Ele
arrastou a vítima para um matagal, obrigando-a a ter relações sexuais. Após, por motivo torpe (de vingança), de
forma cruel e ciente de que a vítima não teria chances de pedir socorro, Pedro
Zimmermann matou a adolescente por
asfixia. Na sequência ele ocultou o corpo que foi localizado, no dia seguinte,
por familiares da vítima.