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Quatro depoimentos são esperados no terceiro dia de julgamento do caso Kiss

Foto: Airton Lemos/Acústica FM
Foto: Airton Lemos/Acústica FM

Os trabalhos do júri desta sexta-feira (03) começaram às
9h15 min conforme acordado com o Juiz Orlando Faccini Neto.  Para hoje, está previsto o depoimento das
testemunhas de acusação Daniel Rodrigues da Silva e Gianderson Machado da Silva
– que pediram nos autos para antecipar os seus depoimentos. Já na parte da
tarde, será a vez de ouvir a testemunha Pedrinho Antônio Bortoluzzi – arrolada
pela defesa de Marcelo – e a vítima Érico Paulus Garcia.

Nessa quinta-feira, o DJ Lucas Cauduro prestou o último
depoimento do segundo dia do julgamento do Caso Kiss.  A oitiva terminou por volta das 22h10. Antes
disso, a testemunha precisou receber atendimento psicológico e seu depoimento
foi marcado por bastante emoção.

O DJ tocava há 6 meses na Boate Kiss, inclusive, na noite de
27 de janeiro de 2013, na festa “Agromerados”.

Lucas foi contratado como freelancer por Elissandro
Callegaro Spohr (Kiko) e por Mauro Londero Hoffmann, os sócios da Kiss e réus
no processo. De acordo com ele, as questões administrativas eram tratadas com o
Kiko e sua equipe. A defesa de Mauro Hoffmann voltou a afirmar que Mauro era
apenas um investidor no negócio. 

“Ele era só o investidor da Boate Kiss, ele era uma pessoa
da noite e não desconsidero o fato de que ele tenha conversado com o Lucas
porque, isso acontece principalmente no mundo pequeno de quem trabalha na noite,
mas o Lucas deixou bastante claro que todas as questões operacionais eram
decididas pelo Kiko”, afirmou o Advogado Bruno Menezes

No depoimento, Cauduro afirmou que não tinha conhecimento
sobre a colocação de espuma no teto do estabelecimento. Além disso, não soube
dizer se a Gurizada Fandangueira utilizava artefatos nos seus shows. Disse
ainda que conhecia a banda de Kiko e que chegou a viajar com ela, além de estar
presente quando o clipe do grupo foi gravado na Kiss.

A testemunha informou que nunca ouviu uma ordem para que os
seguranças barrassem o público para não sair sem pagar. Respondeu também sobre
controle de público na danceteria; que sabia que existia esse controle, mas não
se efetivamente se cumpria. Afirmou que havia placas de sinalização no interior
da boate, mas naquele momento, não podiam ser vistas devido à escuridão.

Engenheiro nega que tenha recomendado espuma em isolamento
Acústico

O Engenheiro Civil Miguel Ângelo Teixeira Pedroso, 72 anos,
foi ouvido na tarde desta quinta-feira (02). Pós-graduado na área de acústica
arquitetônica, em 2011, ele foi responsável pela elaboração do projeto de
isolamento acústico da boate Kiss para adequar o estabelecimento ao Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público para resolver
esse problema.

Primeira testemunha arrolada pela acusação, Pedroso teve o
depoimento adiantado, a pedido dele próprio nos autos, em razão da sua idade, o
que foi acordado pelas partes. A inquirição durou quase 5 horas. Em seu
depoimento Mauro foi enfático: “Só leigo ou ignorante poderia achar que espuma
seria conveniente em boate”, diz engenheiro que projetou a reforma acústica da
Kiss

Miguel Pedroso, contratado para desenhar isolamento que
contivesse o ruído da boate, disse que obra foi fiscalizada ao final e não
existia espuma

Caso Kiss: vítimas relembram noite da tragédia

Emanuel de Almeida Pastl e Jéssica Montardo Rosado estavam
com os irmãos na Boate Kiss, na noite do incêndio. Enquanto ele estava pela
primeira vez no local, comemorando o aniversário com o irmão gêmeo, a jovem,
que morava próximo da danceteria, costumava frequentar as festas. E, ao
contrário de Emanuel, Jéssica acabou perdendo o irmão, Vinícius, falecido em
decorrência dos efeitos da fumaça tóxica. Antes disso, o rapaz ajudou a salvar
outras pessoas que estavam lá.

Os dois foram ouvidos durante os dois primeiros turnos da
sessão de julgamento desta quinta-feira (02).