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Juiz antecipa depoimento de promotor do MP indicado como testemunha de ex-dono da boate Kiss

Fotos: Airton Lemos/Acústica FM
Fotos: Airton Lemos/Acústica FM

Dois depoimentos são muito
aguardados para esta quarta-feira (08), o do ex-prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer e do promotor do Ministério Público, Ricardo Lozza. Ambos são
indicados como testemunhas da defesa de Elissandro Spohr, sócio da boate Kiss.
Além deles estão previstas as oitivas Fernando Bergoli, Geandro Kleber de
Vargas Guedes.

A previsão é de que a inquirição
de Schirmer, atual secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos da
prefeitura de Porto Alegre, comece às 9h e seja longa, mas ordem dos
depoimentos desta quarta-feira (08) pode mudar segundo informou o Tribunal de
Justiça. Uma discussão acalorada encerrou o sétimo dia do julgamento do Casso Kiss no Plenário do foro Central em Porto Alegre nesta terça-feira (07).

Após o advogado Jean Severo questionar,
aos gritos, a testemunha indicada pela defesa de Marcelo de Jesus dos Santos, ex-vocalista
da banda Gurizada Fandangueira, familiares das vítimas da tragédia se retiram
do plenário. Alguns precisaram de atendimento médico. O Juiz Orlando Faccini
Neto teve que acalmar as partes. Houve uma discussão entre Severo e o advogado
Pedro Barcellos, assistente de acusação. A reportagem da Acústica FM teve
acesso ao plenário do júri no momento da discussão e registrou o bate-boca.

A testemunha questionada pelo
advogado Jean Severo fechou um dos dias mais longos de depoimentos, tendo se
iniciado às 9h e se encerrado às 22h20. Nilvo José Dornelles era empresário, dono
boate Ballare, em Santa Maria.  Segundo
Nilvo, era normal o uso de pirotecnia nos shows das bandas. Ele confirmou que
isso ocorria também no seu estabelecimento.

O depoimento mais longo que
passou pelo júri do caso Kiss até o momento, o ex-comandante do Estado Maior do
4º Comando Regional dos Bombeiros de Santa Maria, Coronel Gerson da Rosa
Pereira, respondeu por 6 horas e meia aos questionamentos feitos por acusação e
defesas dos réus. O militar relembrou como foi a formação da força-tarefa que
atendeu a ocorrência gerada a partir do incêndio na Boate Kiss sobre a falha no
uso do extintor de incêndio, o militar informou que pode ter ocorrido problema
de manuseio ou de recarga ou superaquecimento.

Segundo Gerson, pelo que exigia a
legislação vigente na ocasião, a Boate Kiss não era objeto de interdição, mesmo
o seu alvará de funcionamento estando vencido: “conclui-se dizendo que os
bombeiros aplicaram a norma. Naquele momento, a boate apresentava condições de
segurança. Segue trabalhando e aguarda a vistoria”, declara.

A arquiteta Nivia da Silva Braido
foi ouvida em plenário na condição de informante, devido ao seu relacionamento
passado com um ex-advogado da Associação dos Familiares de Vítimas e
Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM). Nívia disse que alertou para
o risco de ausência de um responsável técnico para a obra da Boate Kiss que
Kiko Spohr iria fazer.