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Pesquisa aponta que 86% dos feminicídios não tinham medida protetiva em Porto Alegre

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
 Um levantamento divulgado pelo Tribunal de Justiça de Porto Alegre, trouxe dados alarmantes sofre feminicídio. Ao todo, 176 processos de tentativa e feminicídios consumados foram analisados na pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17) pela Coordenadoria das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid). Os casos são todos da Vara Especializada em Feminicídios de Porto Alegre, apurados entre julho e outubro do ano passado. O mais antigo se refere a 2014 e os mais recentes já são do ano de 2022.
Em comparação com o ano passado, o número de feminicídios, que são os crimes contra a mulher por questão de gênero, aumentou. Em 2021, 97 mulheres foram assassinadas. Já em 2020, foram 80, uma alta de 21%.
O que mais chama atenção, segundo o judiciário, é o fato de que 86% das vítimas não tinham a chamada medida protetiva, ação que proíbe o agressor de se manter próximo da vítima. Na semana passada, a secretaria de Segurança Pública do Estado divulgou um balanço sobre a criminalidade em todo o Rio Grande  do Sul. O número de feminicídios aumentou em 21% no período de um ano. A juíza-corregedora, Tais Culau de Barros, responsável pela Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJRS, avalia que ainda não está claro o motivo da elevação, mas se cogita que a pandemia tenha agravado esse recorte.
Das vítimas, mais de 60% são mulheres brancas e 22% são negras, conforme o estudo. Porém, a questão racial é considerada ponto alto do levantamento porque Porto Alegre aponta que 79% da população é branca, quase o dobro no cálculo proporcional à população negra.