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Fevereiro, março e abril terão chuvas abaixo da média no Estado

Foto: Ouvinte/Acústica FM
Foto: Ouvinte/Acústica FM

O IRI (International Research Institute for Climate Society) prevê até 40-45% de chance das precipitações ficarem abaixo da média no trimestre fev-mar-abr na Metade Sul do RS. Por sua vez, o modelo CFSv2 (Climate Forecast System, da NOAA-CPC) prevê precipitação dentro da média na Metade Sul do RS e acima da média na Metade Norte para o mês de fevereiro. Já para março e abril, o modelo volta a prever valores abaixo da média.

Já o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê precipitação predominantemente abaixo da média para fevereiro e março de 2022. Para abril, o modelo também prevê que o volume de precipitação fique abaixo da média, com valores mais pronunciados na Fronteira Oeste (Figura 5).

Com relação às temperaturas, a previsão mostra que devem ficar acima da média nos próximos três meses. No entanto, após a passagem de sistemas frontais, poderá haver quedas mais acentuadas nas temperaturas mínimas. Isso fica agravado por conta da presença da La Niña.

As culturas de sequeiro, pelo interior de todo o RS, apresentam perdas que já são muito grandes e, em alguns casos, irreversíveis, como a soja e o milho, que dependem da água da chuva para ter adequado desenvolvimento. Devido à falta de chuvas expressivas nos últimos meses, os reservatórios estão com nível muito baixo e alguns rios já secos. Com isso, alguns produtores de arroz irrigado, principalmente os da Fronteira Oeste e da Região Central, vêm tendo problemas para irrigar suas lavouras. Mais informações sobre o quadro da estiagem no RS são divulgadas todas as sextas-feiras no site do Irga.

Alerta-se para se fazer o uso consciente da água, evitando perdas no sistema de irrigação e fazer seu reuso, quando for possível. É sempre importante atualizar-se quanto à previsão do tempo, para melhor se programar nas atividades diárias.

Até o dia 21 de janeiro, 347 municípios no RS já haviam entrado em situação de emergência, por conta da estiagem.

De modo geral, o volume das precipitações não mudou muito de novembro para dezembro de 2021, visto que ficou abaixo da média em praticamente todo o RS. A exceção foi o extremo leste, na região das lagoas, onde o volume superou a Normal Climatológica do mês. Logo, na maior parte do RS, as precipitações ficaram abaixo dos 45 milímetros acumulados. Os locais que passaram dos 100 mm foram as regiões de Canguçu, de Porto Alegre e das lagoas. (Figura 1A). As anomalias de precipitação foram negativas em dezembro, principalmente na Metade Norte do Estado, onde deveriam ocorrer os maiores volumes acumulados do mês (Figura 1B).

Chuvas abaixo do volume e frequência ideais, elevação nas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e ventos que, predominantemente, sopravam de Sudeste, agravaram muito a situação da estiagem no RS. Em dezembro já eram somados grandes prejuízos nas lavouras de milho, principalmente, e nas de soja. Nas lavouras de arroz, a situação ainda não era tão crítica, pois havia a esperança das chuvas de janeiro.

Ainda sobre a cultura do arroz irrigado, com exceção das lavouras com problemas na manutenção da lâmina d’água, que é um fator importante para se atingir altas produtividades, é a quantidade de radiação solar. Durante dezembro de 2021, ela foi superior à Normal Climatológica em todas as regiões. Na Metade Sul do RS, com base na média dos locais que possuem estação meteorológica, a radiação solar em dezembro de 2021 (26 MJ m-1) e em dezembro de 2020 (25,7 MJ m-1) foram superiores à Normal Climatológica (24,6 MJ m-1). Ou seja, em ambos os anos, a radiação solar foi favorável para o desenvolvimento do arroz irrigado.