Conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), janeiro foi devastador para a Amazônia. Em apenas
três semanas (1° a 21 de janeiro), quase 360 quilômetros quadrados de cobertura
florestal foram destruídos na parte brasileira da Amazônia.
Este é o maior número já registrado neste mês desde que o
INPE lançou seu programa de monitoramento por satélite em 2015. Em termos de
comparação, em todo o mês de janeiro de 2021 foi registrado o desmatamento de 83
quilômetros quadrados, menos de um quarto do valor dos primeiros 21 dias de
janeiro de 2022.
Ambientalistas alertam que isso resulta em um alto risco de
que 2022 seja outro ano catastrófico para a Amazônia brasileira.
Este é o terceiro aumento consecutivo sob o governo de Jair
Bolsonaro. O presidente pressionou pela abertura de terras protegidas da
floresta tropical para o agronegócio e a mineração.
O Ibama, principal órgão de proteção e fiscalização
ambiental do país, gastou somente 41% de seu orçamento em 2021.
O INPE recebeu seu menor orçamento nos últimos 10 anos. O instituto recebeu, em 2021, R$ 85 milhões. Quase metade deste valor já está comprometido em custos de operação.
