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Inverno atípico dá lugar a primavera quente e chuvosa

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O El Niño se despede de um inverno quente para tornar a primavera chuvosa no Rio Grande do Sul. O fenômeno é o responsável por temperaturas mais altas quando deveria fazer frio e por chuvas acima da média história em toda a região sul do país.

Em julho, choveu intensamente na maioria das regiões do Estado. Na Capital, o acumulado foi de 309 milímetros, bem acima da média histórica, de 148 milímetros. Passo Fundo, Bagé, Caxias do Sul, Torres, também tiveram volumes acumulados acima da média para o mês. Mais de 50 mil gaúchos tiveram as casas atingidas.

No mês seguinte, uma “bolha de ar quente” transformou agosto em um dos mais abrasadores da história e marcou o inverno como atípico. A temperatura chegou a 32,7ºC em Campo Bom, no Vale do Sinos. Na Capital, foram cinco dias seguidos com termômetros acima de 30ºC. Segundo o 8º Distrito de Meteorologia, houve apenas outras três ocasiões em que o mês de agosto registrou cinco ou mais dias assim.

— Com certeza são efeitos do El Niño. O veranico é comum no inverno, mas tivemos períodos de até uma semana e isso alterou a média. O fenômeno vem aumentando gradativamente desde o início do inverno — explica Rogério Rezende, meteorologista do 8º Distrito de Meteorologia.

A força do El Niño deve se estender até o ano que vem, com ainda mais precipitações previstas para a região sul do Brasil. É provável que a primavera siga a mesma batida destes últimos dias de inverno — muita chuva e temperaturas amenas. Meteorologistas preveem que até o verão os dias vão ser intercalados entre momentos de muito calor e de chuvas em maior volume.