O Governador Eduardo Leite ainda vê uma possibilidade de
concorrer ao Palácio do Planalto pelo PSDB. Embora a chance seja remota, já que
João Dória venceu a prévia tucana, Leite deixou transparecer em coletiva de
imprensa ocorrida nesta quarta-feira (16), no tradicional evento “Tá na Mesa da
Federasul”, que há uma possibilidade de ser o candidato pela sua sigla atual.
Durante a entrevista, Eduardo leite evitou confirmar que vai
ser candidato à Presidência pelo PSD (partido pelo qual tem sido sondada a sua
filiação), mas disse que na próxima semana vai definir seu futuro político e
negou estar fazendo um leilão para sua filiação.
“Não há nenhum leilão. Eu respeitei as prévias, visitei
o João Doria depois, questionei sobre as dificuldades. Ele não só não tem
crescido, como tem reduzido nas pesquisas. Daí começou uma nova provocação
(sobre a presidência). A situação atual não foi algo que eu procurei, eu fui
procurado”, argumentou.
Nesta terça-feira (15), o governador do Rio Grande do Sul
cumpriu agenda com integrantes do PSDB que o apoiaram durante as prévias do
partido. Tucanos ainda tentam convencer o governador a ficar no partido, no
entanto, Leite tem sinalizado nos bastidores a vontade de concorrer à
presidência pelo PSD, de Gilberto Kassab.
O gestor se tornou o principal alvo do PSD depois da
desistência de Rodrigo Pacheco. O objetivo da sigla é anunciar a filiação já na
semana que vem. Os tucanos aliados de Leite tentaram dissuadi-lo da ideia na
reunião. Eles argumentam que se a rejeição ao governador de São Paulo, João Doria,
continuar alta e ele não decolar nas partidas, Leite será o nome natural do
PSDB.
Caso o chefe do executivo gaúcho, se filie ao partido
liderado por Gilberto Kassab, há a expectativa de contar com a filiação de
outros integrantes do PSDB na sigla e de políticos de partidos que apoiam seu
governo aqui no estado.
Questionado pela reportagem da Acústica FM sobre a rejeição
do nome dele por algumas lideranças do PSD como o Senador Omar Aziz, que
declarou apoio à Candidatura de Lula, Leite diz que considera normal a divisão
interna e aposta em uma união de partidos para concorrer à presidência.
