Entre as principais causas para
redução da oferta de motoristas nas plataformas de aplicativos, está o aumento
do preço dos combustíveis, e também o reajuste de 15% no aluguel de carros
executivos para o trabalho dos condutores que não tem veículo próprio. Como
muitos tem veículos de locadoras, a maioria segundo Sindicato dos Motoristas de
Aplicativo estão entregando os carros às empresas por não ter condições de
arcar com os custos.
Segundo a presidente do sindicato,
Carina Trindade, para a reportagem da Acústica FM, o valor do aumento de 6,5%
não faz mudança para os profissionais: “o aumento não reflete no bolso dos motoristas,
lamentavelmente é como se não tivéssemos aumento nenhum”, explica.
Após três meses de queda, o preço
da gasolina comum fechou a primeira quinzena de março registrando alta de
1,83%. No período, a média nacional chegou a R$ 7,006, enquanto em fevereiro o
preço médio foi de R$ 6,880. A Uber diz que aumentou de forma temporária o
valor pago por corrida em 6,5%, começando na semana que vem. A medida faz parte
de um investimento de R$ 100 milhões em iniciativas “voltadas ao aumento nos
ganhos e redução dos custos dos parceiros”.
Já a 99 vai pagar 5% a mais por
quilômetro rodado pelos motoristas nas corridas pelo aplicativo. A medida vai
começar a valer nos próximos dias nas 1.600 cidades onde o aplicativo opera.
Esse custo não vai ser repassado aos usuários, promete a companhia.
A empresa também pensa em uma
solução de subsídio que acompanhe automaticamente as flutuações dos
combustíveis. A ideia é trazer mais transparência e segurança para os
motoristas. A 99 divulgou ainda uma tabela com os valores pagos a motoristas de
São Paulo.
Alta da gasolina pune motoristas
de Uber desde 2021
A situação não é exatamente nova.
Em agosto de 2021, a Associação de Motoristas de Aplicativo de São Paulo
(Amasp) já apontava o aumento do preço dos combustíveis como um dos motivos
para o alto número de cancelamentos ao pedir uma corrida de Uber.
O último reajuste anunciado pela
Petrobras foi de 18,77% na gasolina, 24,9% no diesel e 16% no gás de cozinha. A
estimativa é que o preço médio da gasolina nas bombas passe de R$ 6,57 para R$
7,02, segundo o UOL. O diesel pode sair de R$ 5,60 para R$ 6,48.