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Advogado relata perseguições e violência em caso de mulher que sofreu nove facadas de ex-marido em POA

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Na manhã do dia 2 de maio, a técnica em enfermagem Thais
Hipólito, de 37 anos de idade, foi vítima de uma tentativa de feminicídio em
uma parada de ônibus em Porto Alegre. O agressor foi seu ex-marido, que a
golpeou com nove golpes de faca e fugiu. Ele foi preso horas depois, em
Balneário Pinhal, e confessou o crime.

Na manhã desta quarta-feira (30), Mateus Marques, advogado assistente
de acusação no processo, participou do programa Primeira Hora e falou sobre o
caso.

O advogado, especialista na área criminal, contou que a
vítima foi atacada ao sair do trabalho. O homem forjou uma tentativa de assalto
para atacar a mulher.

“De uma forma muito constrangedora, vamos dizer assim, ele
acabou abordando ela em uma falsa tentativa de assalto, na parada de ônibus.
Quando ela reconheceu a voz e fisionomia dele, ele passou a desferir nove
facadas no corpo dela.”, relatou.

A experiência na área da saúde salvou a vida da vítima.

“Esta pessoa só não morreu, porque realmente tinha uma noção
muito pontual sobre como fazer determinados procedimentos urgentes, de socorro,
e também por outras pessoas envolvidas ali, que não deixaram ele concluir o
fato criminal.”, disse.

Mesmo ferida, Thais Hipólito orientou as pessoas ao redor
sobre o que deveriam fazer para salvá-la, auxiliando no próprio socorro.

A vítima tinha medidas protetivas contra o agressor, por
fatos e atitudes tomadas anteriormente. O homem, porém, não respeitava a determinação
judicial.

“Ele fazia questão de ficar importunando, stalkeando,
perseguindo ela de todas as maneiras. Então este desfecho acabou acontecendo de
forma muito triste.”

Entre janeiro e fevereiro deste ano, o Estado já registrou
mais de 10 mil ocorrências de violência contra a mulher.

“Vão desde violência psicológica, ameaças, lesões corporais,
estupro, feminicídio e tentativas de feminicídio.”, informa o advogado.

Mateus Marques defende que a sociedade também aja de alguma
forma a favor das mulheres, e denuncie os casos de violência. O advogado também
acredita que algumas mudanças devam ocorrer para que os casos diminuam, como
uma efetividade muito maior nos procedimentos.

Assista a entrevista: