Ocorreu nesta quarta-feira (27), no Foro de Camaquã, o julgamento de Elizamar de Moura Alves. A mulher sedou e matou o marido, Erni Pereira da Cunha, em uma fornalha em Dom Feliciano. O fato ocorreu em fevereiro de 2021.
No julgamento, Elizamar respondia por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
O Conselho de Sentença, formado por sete jurados, decidiu pela absolvição de todas as acusações. A decisão é de primeira instância, e o Ministério Público ainda pode recorrer.
Presa há quase um ano, o alvará de soltura deverá ser expedido imediatamente.
A ré foi representada pelos advogados Marcos Antônio Hauser, Mikaela Schuch e Igor Roberto Freitas Garcia. Já o Ministério Público foi representado pelo promotor Francisco Saldanha Lauenstein. O julgamento pelo Tribunal do Júri foi comandado por Daniel de Souza Fleury.
A defesa alegou que Elizamar agiu em legítima defesa de sua própria vida e de seus filhos, pois, segundo os advogados, o homem era violento e agredia a ré e os filhos com frequência.
Em depoimento, a filha da mulher confirmou as agressões.
“Minha mãe chegou no limite. Se ela fez o que fez, foi pensando em mim, no meu irmão e na vida dela”, disse a filha do casal.
RELEMBRE O CASO
Elizamar de Moura Alves sedou o companheiro com uso de medicamento diluído em suco e jogou a vítima dentro de uma fornalha na estufa de fumo da família em Dom Feliciano. A Delegacia de Polícia do município cumpriu dois mandados de busca e apreensão na manhã do dia 11 de maio de 2021.
O crime ocorreu em Colônia Nova, no interior do município. As investigações iniciaram após o desaparecimento do homem no dia 15 de fevereiro de 2021.
A investigação apontou que a ré utilizou Diazepam para forçar o sono do homem e colocá-lo dormindo dentro da fornalha.
