Search
[adsforwp-group id="156022"]

Movimento lojista defende reforma tributária para crescimento da economia

Foto: Acústica FM
Foto: Acústica FM
Mesmo com o fim do isolamento social, o comércio ainda busca estabilidade em um cenário econômico cheio de incertezas, durante um ano eleitoral, e com parte da Europa em Guerra. Em relação à  trajetória positiva do varejo neste início de 2022, com três altas seguidas, o desempenho é concentrado e apenas quatro de dez atividades recuperaram o volume de vendas observado antes da pandemia, segundo dados do IBGE
As quatro atividades que se encontram acima do patamar pré-pandemia são artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (15%), material de construção (12,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,8%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%).
Já outros setores apresentam nível de vendas abaixo de fevereiro de 2020; são eles: veículos, motos, partes e peças (-5,6%), equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-6,1%), combustíveis e lubrificantes (-7%), tecidos, vestuário e calçados (-10,4%), móveis e eletrodomésticos (-13,9%) e livros, jornais, revistas.
Um encontro de lideranças promovido nesta quinta-feira pela Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul, reuniu autoridades e empresários em um jantar na Associação Leopoldina Juvenil. As entidades querem unir estratégias para que o setor volte a crescer e tenha estabilidade de antes da pandemia. Para Presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner, a reforma tributária que tramita no congresso é fundamental para economia do brasil ficar mais sólida 

“A reforma tributária afeta de uma forma mais ampla todo o sistema, todo nosso ambiente econômico. E o que a gente precisa fazer é dialogar muito e fazer ações, para que a gente possa estruturar estratégias, levar pleitos a fim de que seja um ambiente mais favorável ao empreendedorismo e para geração de riqueza”, destaca, Pioner.

O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, José César da Costa, que participou do encontro do setor em Porto Alegre, afirma que o comércio tirou lições do auge da pandemia, período também de adaptação, ao investir ainda mais nas vendas on-line, por exemplo. Assim como Ivonei Pioner, José César entende que o país precisa de reformas

“Eu entendo que esse momento nos fez repensar, daqui pra frente o pós-pandemia. Agora muda completamente a forma de comprar e vender. O comércio on line cresce de forma diferenciada, as pessoas criaram novos hábitos, então a economia precisa de uma reestruturação, então neste momento em que nosso país tem uma carga tributária muito alta, juros muito altos, precisamos de um reforma tributária para tirar esse peso do comerciante e da população e precisamos também de uma reforma administrativa, disse o Presidente da CNDL

Outro líder de entidade empresarial que participou do evento em Porto Alegre, o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados Antônio Césa Longo, corrobora com a ideia de reformas como a tributária e administrativa, mas acredita que como são temas muito complexos vê poucas chances no avanço destas pautas ainda neste ano no congresso 

“ Esse modelo com certeza não será mudado agora de imediato”, disse Longo ao se referir sobre a possibilidade das duas reformas.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tenta destravar a reforma tributária (PEC 110 de 2019) que unifica impostos federais e estaduais. Ele  está articulando, com o presidente da  Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que o projeto seja votado durante o esforço concentrado na próxima semana.