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Receitas da privatização da Sulgás e ICMS dobram superávit do RS

O Rio Grande do Sul dobrou o Superávit
orçamentário na comparação do primeiro quadrimestre de 2022 com o mesmo
período do ano passado.  De acordo com o Piratini, o saldo positivo entre receitas e
despesas chegou a R$ 4,1 bilhões entre janeiro a abril deste ano. Nesta terça-feira,
os dados foram divulgados pela secretaria Estadual da Fazenda com base no Relatório de Transparência Fiscal. O governo entende que o resultado foi alcançado em razão reformas estruturais aprovadas de
2019 a 2021, aos efeitos das privatizações, à regularização da dívida com a
União,  e ao controle de despesas e à recuperação da atividade econômica. Nos primeiros quatro meses do ano,
a receita do Estado foi 24 bilhões de reais, incluindo o ingresso de 955 milhões
da privatização da Sulgás, enquanto a despesa apresentou queda de 127 milhões de
reais em relação ao ano passado, chegando a quase 20 bilhões. No entanto o Secretário
da Fazenda, Marco Aurélio projeta que as despesas aumentem no segundo quadrimestre
em razão da revisão geral dos salários dos servidores que entrou em vigor
apenas em maio

Foto: Divulgação

Outro fator que impacta nesse
resultado é a redução de R$ 1,3 bilhão relativa ao serviço da dívida, tendo em
vista a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal e a celebração do novo
contrato de financiamento junto ao Governo Federal que inclui, além da Dívida
com a União, outras dívidas com terceiro. Segundo o Secretário da Fazenda, o Rio
Grande do Sul ainda aguarda a homologação do Regime pelo presidente Jair
Bolsonaro.

De janeiro a abril de 2022, a
receita bruta de ICMS totalizou  R$15  bilhões registrando crescimento nominal em torno de R$ 1 bilhão, (+7,20%) em relação ao
primeiro quadrimestre de 2021, cuja receita atingiu R$ 14,2 bilhões./ O governo
considera que como inflação acumulada no período foi próxima a 12%, esse
resultado implica queda real de quase 5%. 
A redução das alíquotas de I-C-M-S
em janeiro de 2022 influenciou nesse resultado, ainda que ela tenha sido
parcialmente compensada pela inflação e pela atividade econômica em
determinados setores. Nos combustíveis, principal item de arrecadação do ICMS,
o crescimento foi influenciado pela inflação e atividade econômica houve
aumento médio de 22,8% nos preços em relação aos praticados no mesmo período de
2021.  Após apresentação dos dados, o Secretário
da Fazenda Marcelo Aurélio Cardoso, voltou a dizer que reduzir ICMS, não irá
baixar o preço do diesel em referência ao projeto que tramita no congresso.

“ O processo está no congresso que
é uma casa política, o que não tem nenhuma conotação negativa, mas há muito mais
uma questão política do que propriamente de eficácia de baixa de preços, e o
Rio Grande do Sul é a prova disso;, a gente baixou o preço oito pontos percentuais
e o preço  não se mexeu. Talvez o que esteja passando despercebido neste debate
é que o projeto trata muito mais do imposto sobre a energia elétrica e nas telecomunicações,
ressaltou Cardoso.
 

Na última semana, a câmara dos deputados aprovou, o projeto de lei 18/22 que estabelece um teto de
17% na cobrança do ICMS sobre combustíveis, energia, telecomunicações e
transportes. Isso porquê esses setores passam a ser classificados como serviços
essenciais, não podendo ser tratados como supérfluos. A proposta sobre o
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação, um dos principais impostos dos estados brasileiros, vem levantando
polêmica. E agora, segue para votação no Senado.