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Rio Guaíba atinge maior marca em 74 anos

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O nível do Guaíba voltou a subir nesta segunda-feira e atingiu, às 18h57min, a marca histórica de 2m89cm, o maior nível em 74 anos, segundo o Centro Integrado de Comando (Ceic) de Porto Alegre. Autoridades seguem monitorando as águas e alertam que, caso o nível do Guaíba chegue a três metros, o Cais Mauá pode ser alagado.

Como medida de segurança, pela primeira vez desde a década de 1970, todas as comportas de contenção de cheias foram fechadas. A 14ª delas, acesso principal do Cais Mauá, foi fechada no fim da tarde nesta segunda-feira. As outras tinham sido encerradas no domingo. O acesso à Avenida da Legalidade (Voluntários x Cairú) ficará bloqueado em função do fechamento.

Em 1941, ano da maior enchente já vista na Capital, o volume chegou a 4m76cm, e a água parda e revolta inundou o centro da cidade, assustando a população. Para impedir que a história se repita, a prefeitura decidiu fechar 13 das 14 comportas do sistema de contenção construído na década de 1970 — parte delas fica junto ao muro da Avenida Mauá.

A cheia do Guaíba também cancelou a circulação dos catamarãs. Nesta manhã, a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) afirmou que o serviço não deve operar durante toda a segunda-feira.

Mais de 2,4 mil pessoas contabilizaram prejuízos no Rio Grande do Sul até as 11h desta segunda-feira em função dos temporais dos últimos dias. A lista de atingidos, segundo a Defesa Civil do Estado, inclui pelo menos 53 cidades, com 3.985 residências afetadas.

Ao todo, devido à cheia de rios e córregos, mais de 7,6 mil gaúchos foram obrigados a deixar suas casas no fim de semana — 4.180 estão em abrigos e 3.495 ficaram desalojados e recorreram a amigos e parentes.

No sábado, o governador José Ivo Sartori visitou Santa Maria e conversou pessoalmente com o prefeito Cezar Schirmer sobre os problemas. Também falou com representantes de cidades vizinhas e externou preocupação.

— A situação é delicada, e vim aqui trazer a minha solidariedade. Peço que os municípios façam seus levantamentos e nos informem da real situação. É claro que daremos atenção à região, mas, agora, o momento é de se fazer levantamento, até porque tudo isso é muito rigoroso, é difícil — disse.