Search
[adsforwp-group id="156022"]

Operação da Polícia Civil mira quadrilha gaúcha especializada no “golpe dos nudes”

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (23/06), as Polícias Civis de Goiás e do
Rio Grande do Sul deflagraram uma operação conjunta, Operação Sem Fronteiras,
com o objetivo de desarticular uma associação criminosa que, durante os meses
de janeiro, fevereiro e março do corrente ano, extorquiu um morador da cidade
de Rio Verde/GO, através das redes sociais, tendo a vítima repassado a tal
associação a importância aproximada de meio milhão de reais, em razão das
extorsões sofridas.

– Receba todas as notícias da Acústica no seu WhatsApp de graça tocando aqui!

Com a operação, foram presos 5 (cinco) investigados, sendo
cumpridas ainda doze medidas cautelares de busca e apreensão. Foram realizadas
buscas e prisões na região metropolitana de Porto Alegre, especificamente nas
cidades de Novo Hamburgo, Taquara e São Leopoldo. Algumas buscas foram feitas
inclusive em presídios da região metropolitana da capital em Novo Hamburgo,
Charqueadas e Montenegro.

Participaram da ação cinquenta policiais civis.

A operação foi deflagrada pela Delegacia de Repressão a
Crimes Cibernéticos de Rio Verde/GO, coordenada pelo Delegado Caio Martines e
Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudadores – DRCID/DEIC/RS,
coordenada pelo Delegado André Anicet, e contou com o apoio operacional das
delegacias de polícia de Novo Hamburgo, Taquara, São Leopoldo Igrejinha e Nova
Santa Rita. 

Siga a Acústica no Google notícias e receba nossas informações de graça tocando aqui 

ENTENDA O CASO:

No início deste ano, a vítima, um homem de aproximadamente 30
anos de idade, que reside em Rio Verde, cidade situada no sudoeste de Goiás,
iniciou contato com um perfil na rede social “Instagram” de uma jovem e bela
garota. A conversa entre os dois ganhou cunho sexual e, então, um criminoso, se
passando pelo suposto pai dessa garota, afirmou à vítima que a menina em
questão era menor de idade e que aquelas conversas causaram a ela severos
constrangimentos. Simulou-se a necessidade de tratamento psiquiátrico da menor
e até mesmo o seu suicídio. Assim, exigiu-se da vítima uma compensação
financeira para se reparar, material e moralmente, tais danos.

Em seguida, supostos advogados e autoridades públicas,
falsos delegados de polícia e conselheiros tutelares, entraram em contato com a
vítima, informando-lhe que ela havia cometido ilícitos penais em razão das
conversas de natureza sexual com a garota. Sob tal argumento, as pseudo
autoridades, fingindo serem agentes públicos corruptos e fazendo a vítima crer
que havia cometido ilícitos penais relacionados à pedofilia, exigiram quantias
dela, para que ela não sofresse sanções criminais.

Foram reiteradas as quantias extorquidas, sendo elas sempre
precedidas de uma nova ameaça de punição legal, o que culminou no prejuízo de
aproximadamente meio milhão de reais para a vítima.

As investigações agora seguem com o objetivo de se
identificar novos envolvidos na prática delitiva e também se localizar o
proveito do crime, de maneira a se viabilizar o ressarcimento a vítima.

A operação foi chamada de “Sem Fronteiras”, pois as
associações criminosas que atuam, como a que é alvo da presente investigação,
vitimam pessoas de diversos entes federativos.