Search
[adsforwp-group id="156022"]

RS registra apenas há um ano e meio dados de violência contra a população LGBTQIA+

Foto: Airton Lemos/ Rádio Acústica FM
Foto: Airton Lemos/ Rádio Acústica FM

Em todo o Brasil,
foram registradas 135 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ nos primeiros seis
meses de 2022. Os dados são do Grupo Gay da Bahia, que aponta que o Nordeste é
a região mais insegura para os LGBTQIA+, especialmente a Bahia e Pernambuco.
Apesar da grande incidência no Nordeste, Minas lidera o ranking, com 15 mortes
no primeiro semestre.

No Rio Grande do Sul, dados da violência contra LBGBTQIA+ começaram a
ser registrados há um ano e meio quando foi concretizada a
Divisão
do Idoso e Combate a Intolerância, órgão da Polícia Civil, comandado pela delegada
Andrea Mattos. 


Segundo a delegada, que acumula a função de primeira titular da
Delegacia de Combate a Intolerância de Porto Alegre (DPCI), a preocupação da
melhor apuração desses números só foi contemplada a partir da criação do
Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis, depois do funcionamento
efetivo da divisão do idoso e, principalmente, do surgimento da Delegacia de Combate
a Intolerância de Porto Alegre, em dezembro passado.
Hoje, 18% do
trabalho da delegacia atende ocorrências envolvendo a população LGBTQIA+, mas
não foi registrada nenhuma morte em 2022. 
O registo de óbitos fica por conta das delegacias de homicídios, que informam
os dados à DPCI.

 

“Eu enxergo a delegacia da qual eu sou titular como um espaço de
empoderamento da vítima, porque muitas vezes em outros locais não se encontra o
preparo de pessoas que ali trabalham”, ressalta


Ainda de
Acordo com a Titular da DPCI, a Polícia Civil oferece um curso para qualificar policiais
de delegacias não especializadas da corporação para poder atender ocorrências
envolvendo a violência contra a comunidade LBTQIA+ e além de levar conhecimento e gerar
empatia com a causa.

 

“Nós rodamos
todo o interior do Estado, todos tem que estar preparados, não só as delegacias
especializadas”, destaca a delegada, Andrea Mattos

 

Em todo o
ano de 2021, foram 300 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+. Somente no
primeiro semestre, foram 168.

 

Porto Alegre celebra a luta pelos direitos LGBTQIA+

 

A Parada de Luta foi transferida para o dia 17 de julho devido à
previsão de chuva para o fim de semana. A atividade, que encerra o Mês do
Orgulho, seria realizada neste domingo, 3. O anúncio da nova data foi feito
durante a ação promovida pela Coordenação de Direitos de Diversidade Sexual e
Gênero da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) nesta
quinta-feira, 30, no Largo Glênio Peres.

O dia
foi dedicado a divulgar serviços voltados para o cuidado e a proteção das
pessoas LGBTQIA+. A mobilização da SMDS com a Secretaria Municipal de Saúde, a
Defensoria Pública, o Ministério Público e a Delegacia Contra a Intolerância
levou exames e orientações gratuitas, em alusão ao Dia Internacional do Orgulho
LGBTQIA+, comemorado em 28 de junho.

A coordenadora
de direitos sexuais e gênero de Porto Camila Rodrigues Alegre, destacou que
ação desta quinta-feira teve o foco para toda a população a fim de conscientizar
sobre as opressões e violência que o público LGBTQIA+ sofre

“As vezes
o preconceito é velado e outras não, e sendo eu uma mulher trans e negra a
discriminação é diária, é contínua”, apontou Camila.

 As pessoas que circularam no Largo Glênio Peres
puderam fazer testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais, realizados
pela SMS. Também foram distribuídos preservativos masculinos, femininos e gel lubrificante,
além de material informativo sobre infecções sexualmente transmissíveis.