O último foragido que participou do ataque a um carro forte
em Guaíba no final de dezembro do ano passado foi preso pela Polícia Civil,
nesta sexta-feira, em Porto Alegre. Márcio Vargas, o Papa-Léguas, é considerado peça fundamental
na ação que levou R$ 3,7 milhões do veículo que abasteceria caixas eletrônicos
de um supermercado.
Ele foi preso no bairro Mario Quintana, na zona norte
da Capital, por agentes da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos. Um homem armado
que estava no local também foi preso — ele tentou fugir e acabou ferido em uma
das mãos por estilhaços. Vargas estava identificado por participação no ataque
desde o dia do crime. Ele usava tornozeleira eletrônica, e o
equipamento emitiu sinais a partir da Ilha do Pavão, onde criminosos se
esconderam depois do roubo.
O investigado, com condenação de 78 anos, saiu da
cadeia em 2020, por causa da pandemia. Em julho, a Delegacia de Repressão a Roubos indiciou
24 pessoas por ligação com o roubo. Além dos envolvidos diretamente no crime,
foram indiciados suspeitos de atuar auxiliando a quadrilha em questões
logísticas.
” A Polícia Civil já concluiu as investigações sobre esse caso do roubo ao carro-forte, já encaminhou o inquérito ao Ministério Público e ao poder Judiciário, em um expediente em que dezenas de pessoas foram indiciadas. Cada uma delas tinha conduta específica na organização criminosa, que foi constituída para cometer esse crime contra a empresa de transporte de valores”, destacou o Delegado responsável pela investigação, João Paulo Abreu
Pela ação direta, foram enquadrados Maurício da Silva,
que havia rompido tornozeleira eletrônica, Vargas, suspeito de cometer o
assalto usando tornozeleira, José Cristiano Botelho Rodrigues e Evertom
Edwilson Rodrigues, que eram vigilantes atuando em empresa de segurança, e
Charles Alaor Barbosa. O ataque ao carro-forte da empresa TBForte Segurança e
Transporte de Valores, que abasteceria caixas eletrônicos em um supermercado em
Guaíba, ocorreu na antevéspera do Ano-Novo. Cerca de R$ 3,7 milhões foram
levados pelos criminosos. A maior parte do valor foi recuperada pela polícia.
