O Pavilhão dos Pequenos Animais é sempre um espetáculo à parte na Expointer. Espaço que é um atrativo, em especial, para famílias, jovens e crianças no Parque de Exposições Assis Brasil. Localizado ao lado do Pavilhão do Gado de Corte, quem transita pelo “Boulevard” logo encontra esse grande galpão climatizado, onde ficam expostos – como diz o nome – pequenos animais que participam e concorrem a prêmios na feira: aves ornamentais, galinhas, marrecos, coelhos, chinchilas, passarinhos e – em galpão do outro lado da rua – caprinos (raças kalahari, boer e anglonubiana).
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Dos 5.093 animais inscritos na 45ª edição da Expointer, 2.084 fazem parte do pavilhão (1.264 pássaros, 337 aves, 297 coelhos, 131 caprinos e 56 chinchilas). Para receber, organizar, fiscalizar, limpar e – até mesmo – premiar todo este volume de animais, a equipe de fiscais agropecuários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) – composta por onze profissionais, entre médicos veterinários e técnicos agrícolas – trabalha diuturnamente, já mesmo na preparação da feira.
“Antes de tudo iniciar nós já estamos aqui, na semana anterior, para a admissão dos animais. A gente fiscaliza a questão sanitária. Verifica se os animais não têm parasitas, se não estão com doenças infectocontagiosas. Não entra nenhum animal doente”, explica a fiscal agropecuária Renata Marques, 45 anos, integrante da equipe da Seapdr. “Esse ano, o pavilhão está lotado. Tem bastante coelho. Bastante ave. O pessoal vai gostar bastante de aproveitar a Expointer este ano”, estimula a fiscal.
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Sem sombra de dúvida, um dos animais prediletos do público são os coelhos. A cadeia produtiva da cunicultura tem atraído o olhar dos produtores rurais para a rentabilidade e o crescimento do segmento. Paradoxalmente, um dos motivos foi a pandemia que estimulou a venda de coelhos mini, como “pets”. Como é caso do criador Tiago Terra, 36 anos, proprietário da Cunicultura TT, de Sarandi, que faz a sua estreia na Expointer. Atuando há 14 anos, o coelhário conta com 350 animais (raças prateado champagne, Califórnia, bouscat, Nova Zelândia, entre outras).
“Pela primeira vez, realizo este sonho de infância (de expor na Expointer). Estou muito feliz. Conseguimos tirar terceiro lugar no julgamento de algumas raças. Estamos com o coração palpitante de ver tanta gente nesta tarde quente de sábado”, vibra Terra.
O produtor rural Rogério Kummer, 47 anos, agregou a criação de coelhos ao negócio da Cabanha Ponche Verde, estabelecida em Dom Pedrito. Estreante na feira, Kummer já colhe frutos com várias premiações. “Passei minha criação de cavalos para meu filho. A cunicultura começou com um ‘hobby’ que, aos poucos, foi crescendo até se tornar uma atividade produtiva pra mim”, celebra Kummer.
De coelho para galinha. Um dos animais que tem se destacado pelo exotismo é a chamada “galinha gótica”. O exemplar tem a coloração completamente preta: crista, bico, olhos, penas e – até mesmo – ossos e carne. Um casal de galo e galinha da espécie Ayam Cemani está em exibição no pavilhão. Na Indonésia, o animal é venerado como amuleto de boa sorte e de saúde para seus criadores.
“Ayam significa galo. Cemani totalmente preto. São originários da Indonésia, mais precisamente, das ilhas Java e Sumatra. Essa galinha é protegida pelo povo de lá porque eles acreditam que, além de trazer cura, tem poderes mágicos. Eu não acredito nisso. Eu tenho porque sou apaixonada por aves. Crio galinhas desde os seis anos e já passei dos setenta”, se diverte Maria Helena Noschang, proprietária do Sítio Recanto Garoto, em São Sebastião do Caí.
Galinhas, coelhos, chinchilas, passarinhos, caprinos… São milhares de motivos para visitar o Pavilhão dos Pequenos Animais no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A 45ª Expointer prossegue aberta para visitação até dia 4 de setembro.