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Criador lança relato histórico da criação do Freio de Ouro na Expointer

Foto: Giácomo Góes / Divulgação
Foto: Giácomo Góes / Divulgação

Antes de abrir o livro de Tunico Fagundes, Freio de Ouro
Livro 1, imagine-se na época, 40 anos atrás. Agora, coloque-se no lugar destes
crioulistas que ousaram propor algo novo, depois de 50 anos de avaliações
morfológicas. Tu já estás pronto para mergulhar neste resgate histórico da
emocionante prova da raça crioula, que este ano, celebra 40 finais
emocionantes, de consagração do cavalo e de muita confraternização entre os
amantes da raça.

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Foi neste clima de festa que José Antônio Marques Fagundes,
o Tunico, autografou sua obra no final da tarde desta quarta-feira, 31 de
agosto. Bem disposto, ele já assinava as páginas onde conta a história do Freio
de Ouro, bem antes do evento organizado pela Associação Brasileira de Criadores
de Cavalos Crioulos (ABCCC). “Tudo que aconteceu antes do primeiro Freio está
relatado neste livro, é um registro e paga uma conta que nós crioulistas
devemos a estes homens fantásticos que tiveram esta ideia e a levaram adiante”,
disse o autor. Tunico relatou que era uma emoção muito grande em “se fazer
justiça e dar nomes aos bois em uma hora em que o Freio hoje é uma das
competições equestres mais importantes do mundo, graças a uma fórmula
matemática do Luiz Carlos Albuquerque, lá de Jaguarão.”

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Ele conta ainda que todas as sugestões dadas eram testadas
montando a cavalo. ‘Aquilo era uma brincadeira”, disse. Tunico ainda relatou
que tem o orgulho de dizer sempre que o cavalo que compete o Freio de Ouro está
apto a qualquer serviço de campo. “Isto é fundamental! Nunca perdemos esse
rumo. Não é circo! Não é treinar o cavalo para fazer uma pirueta”,
complementou.

Empolgado com as histórias que viveu, Tunico adiantou que
ainda gostaria de escrever uma obra intitulada “O Melhor do Freio de Ouro”.
Contudo, disse que histórias pitorescas poderão ser lidas no segundo livro da
série Freio de Ouro – Livro 2.  “O mito disto
é a ingenuidade daqueles primeiros ginetes, que entravam em pista e se perdiam,
não sabiam para que lado ir”, revelou o criador. Tunico contou que em uma prova
em que era o jurado, um ginete parou em sua frente e ele solicitou “agora o
senhor recue” e ouviu a resposta “doutor, para trás ela não gosta”. “Não tem
preço isso, essa ingenuidade de dizer para o jurado que a égua não pode fazer o
que está sendo pedido”, comentou.

Sobre o futuro, Tunico celebrou as provas de Freio Jovem e a
Supercopa Jovem. “Hoje temos esta gurizada com todo o Q.I., toda a informação,
que treina o ano inteiro. E está garantindo o futuro!”, celebrou. Ele também
relembrou de uma prova que anos atrás julgava em Santa Maria, chamada “Selim de
Prata”, criada por Itagira Biacchi, da cabanha São Francisco, que, segundo ele,
é a quem deve-se agradecer a participação das mulheres nas provas. “O falecido
doutor Luiz Bastos me agarrou pelo braço e disse que a prova deveria ser levada
para Esteio porque “essas gurias montam melhor que muito homem”, relembrou.

Texto: Ieda
Risco/AgroEffective