Search
[adsforwp-group id="156022"]

Caso Gabriel: Polícia Civil indicia brigadianos envolvidos na morte do jovem por homicídio triplamente qualificado

Foto: Airton Lemos/Acústica FM
Foto: Airton Lemos/Acústica FM

Os três policiais militares
envolvidos na morte do Jovem Gabriel Cavalheiro, de 18 anos, foram indiciados pela
Polícia Civil por homicídio triplamente qualificado.

Os soldados Cléber Renato Ramos de
Lima, Raul Veras Pedroso e o segundo-sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen
estão detidos preventivamente no Presídio Militar de Porto Alegre.

As três qualificadoras atribuídas
ao crime são motivo fútil, emprego de tortura e utilização por parte dos PMs de
recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Durante a tarde desta quinta-feira,
a Polícia Civil divulgou a conclusão do Inquérito sobre a morte do jovem que
ocorreu em São Gabriel na fronteira oeste do Estado.

“O inquérito policial foi
concluído hoje [quinta-feira] e já entregue ao Poder Judiciário. O foco foi a
apuração se houve ou não crime praticado com dolo, mesmo que tenha sido
praticado por policiais militares no exercício da função, porque foi praticado,
em tese, contra um civil. E, na visão da Polícia Civil do estado do RS, sim,
estamos diante de um homicídio doloso triplamente qualificado”, explicou
Lopes.

Segundo o delegado responsável pelo caso, José
Bastos, a novidade trazida ao final do inquérito é um novo agravante no crime, que
os agentes descobriram na investigação. De acordo com  Bastos, os policiais
teriam justificado as agressões a Gabriel com o cassetete porque o jovem teria desacatado
ordens dos brigadianos

“O jovem Gabriel teria sido
agredido ao desacatar os policiais durante a abordagem, o que configuraria
motivo fútil”, esclareceu o delegado José Soares Bastos. “Temos
a convicção que os três policiais compactuaram com a mesma conduta, sem ações
contrárias”, revelou o delegado. 

O Inquérito foi encaminhado à vara
do Júri de São Gabriel. O Ministério Público deve oferecer denúncia sobre o
caso. A Polícia Civil, destacou ainda que pretende fazer, com o Instituto-Geral
de Perícias (IGP), a reprodução simulada dos fatos. Esse trabalho deve ocorrer em
breve conforme divulgado na entrevista coletiva.

 

O que a investigação ainda não descobriu
é quando Gabriel foi deixado no açude, nem se estava vivo ou morto no
momento.  Os delegados responsáveis pelo afirma que essa questão vai ser
resolvida no inquérito aberto pela corregedoria da Brigada Militar. Por se tratar
do crime de ocultação de cadáver, quem deve seguir com o trabalho da BM.

O caso

Gabriel estava desaparecido há uma semana e foi encontrado
morto em um açude, na localidade de Lava Pé, na noite de sexta-feira. O jovem
de 18 anos, morador de Guaíba, estava na Fronteira Oeste para prestar serviço
militar obrigatório. As investigações apontam que ele foi abordado
pelos três policiais e levado na viatura. Depois disso, não foi mais
visto com vida. O sepultamento ocorreu no último domingo, em São
Gabriel