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Paixão pelo Cavalo Crioulo une brasileiros e europeus na 45ª Expointer

Foto: Fagner Almeida/Divulgação
Foto: Fagner Almeida/Divulgação

A Casa Oviedo sediou
na noite desta quarta-feira, 31 de agosto, na 45ª Expointer, o evento promovido
pelo Em Busca do Cavalo Crioulo, do fotógrafo gaúcho Fagner Almeida. Trata-se
de um foto-livro e uma websérie onde o fotógrafo retrata experiências na
criação do cavalo Crioulo em vários países.  
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Segundo Almeida, a ideia surgiu ao visitar a Europa pela primeira vez, em 2017,
mas para fotografar a raça Lusitano, em Portugal. O fotógrafo gaúcho já era conhecido
como divulgador da raça Crioula. Neste sentido, contou que quando os italianos
ficaram sabendo da visita de um fotógrafo brasileiro, fizeram contato através
de criadores crioulistas uruguaios para que ele visitasse a Itália, já que não
tinham contato com o Brasil.
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O convite surpreendeu Almeida, visto que ele não tinha conhecimento sobre
criação de cavalo Crioulo na Europa. Quando chegou na Itália, ficou ainda mais
surpreso ao interagir com criadores da raça, entre eles alemães, italianos,
franceses e austríacos. O fotógrafo destacou que o projeto original do “Em
Busca do Cavalo Crioulo” era, após 10 anos, editar um foto-livro apenas com as
visitas aos países das Américas, criadores do cavalo Crioulo.
Almeida ressaltou, ainda, o nível de conhecimento dos criadores europeus.
“Naquele momento, ao chegar lá e vendo aquelas pessoas apaixonadas pela raça
Crioula, apaixonadas pelo Freio de Ouro, conhecendo todos os ginetes, falando o
nome de todos os técnicos, cavalos e, linhagem, como se estivessem dentro do
Parque Assis Brasil, em Esteio (RS), aquilo me deu uma ânsia de mostrar que
aqui existiam pessoas tão apaixonadas por cavalo Crioulo quanto elas”,
concluiu. Neste contexto, o fotógrafo viu a necessidade de ampliar os contatos
para troca de experiências na criação da raça. A partir de  fevereiro de
2018, Almeida começou a receber os primeiros criadores estrangeiros para
visitas em fazendas e em cabanhas gaúchas.
Fagner Almeida citou também algumas diferenças culturais no perfil de criadores
estrangeiros de cavalos Crioulos. O italiano, por exemplo, é um povo mais
quente, mais entusiasmado e que aderiu a toda a indumentária gaúcha, segundo
ele. Por outro lado, o alemão é mais frio e reservado, porém apaixonado também
pelo cavalo Crioulo, mas que não demonstra esse sentimento até ter confiança no
criador gaúcho. No entanto, Almeida nota que o criador alemão usa uma
vestimenta mais parecida com o cowboy americano, assim como na França.
No evento desta quarta-feira, para troca de experiências na criação do cavalo
Crioulo, duas criadoras francesas e quatro italianos prestigiaram o evento.
Todos foram unânimes em ressaltar a qualidade da raça e se mostraram motivados
para acompanhar a final do Freio de Ouro no domingo, dia quatro de setembro.

Texto:  Artur
Chagas / AgroEffective