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Mais três casos de violência contra público LGBTQIA+ são registrados na Polícia Civil em Porto Alegre

Foto:  Divulgação
Foto: Divulgação

Após
um homem denunciar que foi vítima de um golpe durante um encontro em casa marcado por
meio de um aplicativo de relacionamentos, a Polícia Civil investiga mais três
casos semelhantes em Porto Alegre. A
Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI) do Departamento Estadual
de Proteção aos Grupos Vulneráveis, recebeu novos relatos de criminosos que
criam perfis falsos nestes APPS para atacar o público LGBTQIA+ .A
vítima, um homem de 32 anos, foi espancada e teve cerca R$ 11,4 mil roubados
dentro do seu apartamento, no bairro Azenha.

Segundo
a delegada, Andrea Mattos, responsável pelo caso, as vítimas têm vergonha e
medo de registrar ocorrência, mas espera que prestem depoimento, ao menos, de
forma anônima

 “A
princípio são pessoas que não querem se identificar e sequer realizar o registro
de ocorrência, porque tem receio e vergonha, mas talvez elas prestem depoimento,
inicialmente de forma anônima. Pra nós esse gesto já é de grande valia porque faz
com que a gente tenha mais elementos na busca dos autores desse crime”, destacou
a delegada.
 

Dos
quatro casos que chegaram à polícia, apenas um registrou a ocorrência. Após
analisar imagens de câmeras no bairro Azenha, a investigação trabalha primeiramente com a informação
de que os autores dos crimes ajam em dupla e que se desloquem até as vítimas
dos golpes por meio de aplicativos de transporte.

No
entanto, a apuração não descarta o envolvimento de mais pessoas nos casos e segue
apurando com base em novos relatos que podem chegar na delegacia. Conforme a titular da
DPCI, Andrea Mattos, a vítima fez contato com dois homens cadastrados em um
aplicativo de relacionamento. 
Um
encontro foi marcado em seu apartamento na quinta-feira passada. Os indivíduos
apareceram no imóvel e depois de um tempo no local agrediram brutalmente e
imobilizaram a vítima, que foi amarrada e amordaçada
.

“Ele ficou bem machucado”, constatou. Um dos
desconhecidos era mais violento do que o outro, revelou a responsável pela
investigação

A
delegada observou que os dois suspeitos que estiveram no apartamento são
diferentes dos retratos que constam no aplicativo de relacionamento. 
 Ela revelou também que já foram solicitadas informações à empresa que administra o APP para saber como funciona a
inscrição, que tipos de dados são necessários para colocar na ferramenta, por exemplo.