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Jovens são resgatados de time de futebol em condições análogas à escravidão, no Vale do Taquari

Foto: divulgação
Foto: divulgação

Sete jovens foram resgatados de um alojamento em Teutônia, no Vale do Taquari, a 108 km de Porto Alegre, em condições análogas à escravidão. Segundo a Gerência Regional do Trabalho (GRT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), os meninos migraram de outros estados em promessa de se tornarem jogadores profissionais de futebol, mas acabaram indo para um clube novato e sem profissionais especializados.

De acordo com a apuração da RBS TV, o treinador e presidente do Levi Futebol Clube, Eduardo Felipe Duarte da Silva, rebateu que “os jovens já sabiam que a prioridade seria o trabalho” e que tentou “agregar com os treinos, mas acabou se prejudicando com isso”.

A GRT afirmou que o  Levi FC servia de disfarce para a prática de tráfico humano e trabalho semelhante ao escravo. Segunda a apuração, o  clube se aproveitava da vulnerabilidade dos jovens para explorá-los.

O caso chegou até o MPT através da denúncia de um entregador de gás que desconfiou da situação vista. Segundo o homem, a residência era insalubre para a quantidade de pessoas do local.

Em novembro, o alojamento foi fechado devido a uma série de irregularidades encontradas por fiscais da auditoria do trabalho. Foram encontradas inclusive alimentos estragados.

Do total de sete, três adolescentes foram levados para um abrigo da prefeitura e outros quatro jovens foram recebidos na casa de pessoas da cidade.

De acordo com o MPT, esse foi o primeiro caso de resgate de trabalhadores em condição análoga à escravidão envolvendo futebol no RS.