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Leite sugere criação de gabinetes de crise em outros estados para combater atos golpistas

Foto: Maurício Tonetto/Palácio Piratini
Foto: Maurício Tonetto/Palácio Piratini

No Palácio do Planalto, ao lado dos chefes dos Executivos dos outros Estados, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cúpula do governo federal e representantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso no começo da noite desta segunda-feira em Brasília. 

Durante sua fala, prestou solidariedade aos chefes dos poderes e ressaltou que o governo vai atuar de forma coordenada para identificar responsáveis pelas ações criminosas. Leite sugeriu que outros estados, assim como o Rio Grande do Sul fez,  criem um gabinete de crise para investir nas investigações e repressões de atos golpistas 

“No Rio Grande do Sul, temos, por decreto, um Gabinete de Crise reunindo todas as forças de segurança, os órgãos de controle, como Ministério Público e Ministério Público Federal, e a Polícia Federal no sentido de atuarmos de forma coordenada para fazer a identificação de todos aqueles que agridem as instituições constitucionalmente estabelecidas”, afirmou Leite. “Atuamos para promover os inquéritos policiais que levarão a consequência para essas pessoas, o que é fundamental. Identificar quem financia, quem participa e dar a devida consequência a quem atenta contra a nossa democracia.”

No encontro com governadores, Lula pediu o apoio e a cooperação dos governadores para manutenção da ordem constitucional e identificação e punição dos criminosos envolvidos nos atos de vandalismo e ataque às instituições. 

“Não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos. Essa reunião tem um sentido muito grande e muito importante. Não é fácil reunir os governadores e não é fácil reunir os prefeitos. Quero fazer uma reunião com todos vocês no dia 27 para discutirmos os interesses do povo de cada Estado, sem distinção de partido. Quero tratar todo mundo da forma mais democrática e mais respeitável que um político tem de tratar o outro”, discursou o presidente.

Após a reunião, o governador e a comitiva de representantes dos poderes caminharam até a sede do Supremo, que foi um dos alvos dos ataques promovidos pelos extremistas no domingo.

O governo do Estado disponibilizou um efetivo de 73 policiais da tropa de choque da Brigada Militar para dar suporte ao governo federal. A reunião do Gabinete de Crise na terça-feira (10/1), às 12h,  finalizará os trâmites para deslocamento da tropa, que já estará de prontidão para partir no momento em que for definido pelo colegiado. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) monitora eventuais manifestações em território gaúcho e tem como determinação que as forças de segurança ajam de forma enérgica e firme diante de qualquer crime contra a democracia