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Delegado afirma entendimento de indiciar como crimes de trânsito os suspeitos de atropelar e matar homem com deficiência em Porto Alegre

Foto:  Jéferson Cunha/Acústica FM
Foto: Jéferson Cunha/Acústica FM

A Polícia Civil anunciou em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (16), que realizou a prisão preventiva dos dois suspeitos do atropelamento de Gelson da Silva, de 69 anos, que morreu após ser atingido por dois veículos que praticavam um racha na rua Cruzeiro do Sul,  no bairro Santa Tereza, na zona sul de Porto Alegre.

O primeiro indivíduo já havia sido preso no último dia 3 de janeiro. A prisão do segundo suspeito ocorreu na sexta-feira (13), após o advogado do suspeito apresentar junto a delegacia. Ambos tinham 22 anos e um dos condutores não tinha carteira de habilitação. A vítima do atropelamento não tinha as pernas e andava com as mãos quando cruzou a avanida e foi atingido. A polícia conseguiu localizar os veículos envolvidos a partir dos depoimentos das testemunhas, onde foi possível identificar o segundo carro que estaria envolvido no racha. De acordo com o delegado responsável pelo caso, César Carrion, o enquadramento dos responsáveis pelo crime se dá por direção perigosa, e por participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida ou disputa automobilística não autorizada, o famoso de racha. Crime que está previsto no código de trânsito artigo 308, parágrafo segundo: que da pena de 5 a 10 anos. 

– “Antigamente não existia esse dispositivo do artigo 308, o racha. Muitas vezes a Polícia enquadrava em homicídio doloso, ou seja, assumiu o risco de produzir o resultado. Só que a gente notava que a maioria não era condenada. É lógico que esses meninos não queriam matar ninguém, claro que o homicídio houve mas esse dispositivo que permite enquadrar o crime”. 

Esse enquadramento pode mudar conforme o entendimento do Ministério público. O condutor do Voyagem prestou um depoimento ainda na sexta-feira, o suspeito alegou que estava em alta velocidade por achar que estava sendo seguido pelo outro veículo HB20, e achou que seria uma vítima de assalto.

– “É crime de racha”. Afirmou o delegado responsável pela investigação César Carrion. 

Gelson da Silva, tinha 69 anos, era morador do bairro e não possuia as duas pernas.