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Três poderes do Rio Grande do Sul protestam contra atos de vandalismo

Foto:  Airton Lemos/ Acústica FM
Foto: Airton Lemos/ Acústica FM

Um ato público com a participação
dos três poderes do Rio Grande do Sul e de entidades da sociedade civil gaúcha
promoveu a defesa da democracia. A manifestação de repúdio às cenas de
vandalismo ocorridas em Brasília foi realizada em frente ao Palácio da Justiça,
na tarde desta segunda-feira em Porto Alegre. O evento foi organizado pela Ajuris

O presidente da Associação dos
Juízes do Rio Grande do Sul, desembargador, Cláudio Luís Martinewski, defendeu
que os atos sejam discutidos pelas famílias, escolas, universidades, empresas e
repartições públicas para que “sirvam de aprendizado para as novas
gerações e para que nunca mais ocorram”.

— Pacificação, sempre. Impunibilidade, nunca. Os ataques à
democracia exigem mais democracia. Aos vândalos, saibam: nós jamais recuaremos,
bradou.

 Após o evento, Martinweski elogiou
a atuação do ministro STF Alexandre de Moraes e defendeu uma ampla investigação
sobre os fatos ocorridos na semana passada, mas evitou falar sobre uma possível
responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro

 O presidente da seccional gaúcha da
OAB, Leonardo Lamachia, começou seu discurso dizendo que a democracia é
inegociável. Lamachia também disse que as iniciativas de golpismo “devem ser
punidas” e pregou a conciliação entre os poderes e a oposição. Ao fazer
críticas aos “excessos” do STF e
do ministro Alexandre de
Moraes
, foi vaiado por uma parte do público.   

 

— Há excessos praticados por parte do STF em decisões
proferidas no âmbito do inquérito 4781 (inquérito
das fake news) e em relação aos fatos ocorridos em Brasília, que
violam a Constituição de 88 e violam o estado democrático de direito,
prerrogativas da advocacia, além de usurparem competência do Ministério Público
e da própria magistratura — declarou Lamachia, sendo interrompido por vaias de
uma parte do público.
— O STF, as demais
autoridades da República, os líderes da oposição devem mudar a forma de agir,
primando pelo equilíbrio, ponderação e serenidade com vistas à manutenção da
democracia. Se não houver essa mudança, a democracia está em risco — pregou.

 

Pelo governo do Estado, o
Procurador-geral Eduardo Cunha da Costa representou Eduardo Leite. O presidente
da Assembleia Legislativa Valdeci Oliveira Também participou do ato. A desembargadora
Iris Helena Nogueira representou o TJ-RS e procurador-geral de Justiça, Marcello
Dornelles, o MPRS .
O público do evento, que terminou
por volta das 16h, era formado por servidores, magistrados e representantes dos
três poderes. Sindicalistas, que levaram bandeiras e entoaram cânticos contra o
ex-presidente Jair
Bolsonaro, 
também estiveram presentes.