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Pais e amigos soltam 242 balões em homenagens às vitmas da Kiss

No começo da tarde desta quinta-feira (26), pais, amigos e
familiares das vítimas da tragédia da boate Kiss se reuniram no começo da tarde
desta quinta-feira em um ato dos dez anos do incêndio que matou mais de
duzentas pessoas em 2013 em Santa Maria. Exatos 242 balões foram soltos
representando cada vida perdida. O gesto foi marcado pela emoção de todas as
pessoas presentes no evento.

Foto: Airton Lemos | Acústica FM

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Um culto ecumênico, foi realizado na manhã desta sexta-feira
(27), em homenagem às vítimas, na praça Saldanha Marinho, local onde se
concentram a maioria dos eventos.  A
reportagem da rádio Acústica FM entrevistou Nestor Raschen, pai do Matheus
Raschen, de 20 anos, vítima da tragédia.

Ele avaliou a importância de eventos como esse e conta a
história do filho, assista em video: 

O jornalista Marcelo Canellas, esteve presente no culto,
produziu um documentário jornalístico sobre o caso. De acordo com ele, não há
argumentos para um processo se arrastar por tantos anos na justiça, confira em vídeo:

O documentário de Canellas e a minissérie que estão sendo
disponibilizados nas plataformas digitais têm repercutido no mundo todo. A advogada
de Marcelo De Jesus dos Santos e  Tatiana
Barbosa, fez uma live ontem, onde realizou críticas às produção da Netflix,
alegando que o caso ainda não foi encerrado. Em contraponto, o advogado Bruno
Menezes tem uma avaliação diferente, onde entende que é difícil mensurar o
impacto das produções na esfera judicial.

Durante a tarde, também foi realizado o painel “Mães y
Madres: Kiss e Cromañón”.  Foram ouvidas três mães, duas de
jovens que perderam a vida na boate Kiss, e uma da argentina. Nilda Gómez é mãe
de Mariano Benítez, 20 anos, que morreu durante incêndio de uma boate em 2004,
em Buenos Aires. Além dela, falarão Fátima de Oliveira Carvalho, mãe de Rafael
Carvalho, e Ligiane Righi da Silva, mãe de Andrielle Righi da Silva, também
vítimas da Kiss.

A programação continua com painel sobre prevenção a
incêndios às 17h30min e, mais tarde, às 19h, sobre o coletivo “Kiss: que
não se repita”, formado no fim de 2013, com intuito de ser espaço de
desabafo sobre o luto. Tornou-se espaço de voz de sobreviventes, familiares e
amigos de vítimas. Atualmente, procura manter viva a memória da tragédia.

Um painel chamado “O Caso Kiss: até quando a justiça
vai servir a impunidade?”, foi realizado às 15h30min,. Neste momento, um
pai também será ouvido. Paulo Carvalho faz parte do grupo de familiares que
busca por Justiça desde 2013 e, atualmente, é diretor jurídico da AVTSM. O
filho dele, Rafael Carvalho, que morava em São Paulo na época, viajou a Santa
Maria e acabou vítima da tragédia.

A programação continua com painel sobre prevenção a
incêndios às 17h30min e, mais tarde, às 19h, sobre o coletivo “Kiss: que
não se repita”, formado no fim de 2013, com intuito de ser espaço de
desabafo sobre o luto. Tornou-se espaço de voz de sobreviventes, familiares e
amigos de vítimas. Atualmente, procura manter viva a memória da tragédia.

Ainda à noite, os jornalistas Daniela Arbex e Marcelo
Canellas falarão sobre os motivos de contar essa história 10 anos depois.
Daniela é autora do livro “Todo dia a mesma noite: a história não contada
da boate Kiss” e participou como consultora criativa da série “Todo
dia a mesma noite”, que estreou na Netflix nesta semana. Canellas é
diretor da série documental “Boate Kiss – A tragédia de Santa Maria”,
da Globoplay, produzida em parceria com o coletivo audiovisual TV Ovo, de Santa
Maria. O encerramento ocorre às 22h, com apresentação musical.

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Nos primeiros minutos desta sexta-feira, 27 de janeiro de
2023, pais, amigos e familiares de vítimas e sobreviventes da tragédia de Santa
Maria ingressaram na Rua dos Andradas. Caminhavam em silêncio, muitos deles
vestindo roupas brancas. O mesmo trajeto foi percorrido há uma década por
jovens que esperavam se divertir na Boate Kiss. Hoje, o local é cenário de
lembranças de uma madrugada de terror, onde 242 pessoas morreram, e de
batalha por Justiça.