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Prejuízos com a estiagem chegam R$ 5,6 bilhões no RS

Foto: Arquivo Defesa Civil RS
Foto: Arquivo Defesa Civil RS

As perdas com a estiagem no Rio Grande do Sul crescem a cada novo levantamento de entidades ligadas à agropecuária e às cidades que sofrem as consequências pela falta e má distribuição da chuva no estado.

Segundo dados da Área técnica da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul ( Famurs), as estimativas de perdas econômicas alcançam mais R$ 5,6 bi, somando os prejuízos na agropecuária de R$4,3 bi e R$1,3 bi na pecuária em 123 cidades consultadas Famurs; o número pode ser ainda maior.

O presidente da Famurs, Paulinho Salerno, afirma que a  entidade tem buscado agilizar junto ao Estado a concretização dos convênios do Programa Avançar para a construção de cisternas, perfuração de poços e abertura de microaçudes nos municípios, que visam reduzir os efeitos cíclicos que a La Niña impõe aos nossos produtores. 

“Precisamos modernizar as políticas públicas de mitigação dos efeitos dos períodos de estiagem, cada vez mais frequentes e intensos, por meio da criação de uma plataforma para operacionalizar os programas e de linhas de crédito para sistemas de reservação de água e irrigação”, defendeu Salerno.

O últimos municípios que comunicaram Situação de Emergência ao estado, foram  Alpestre no  extremo norte, Barra Funda no  Norte do Estado , Coqueiro Baixo no Vale do Taquari, Harmonia no Vale do Caí, Ivorá na  região Central, Santana da Boa vista  no Sul do estado, Santa Cruz do Sul, também no Centro Rio Grande do Sul. Até o momento são 219 cidades nestas condições; 92 municípios com Situação de Emergência Homologada pelo Estado e 74 em Situação de Emergência Reconhecida pela União.

Outro grande problema social  que a seca causa na vida dos gaúchos é a falta de acesso à água potável. A estimativa atualizada de gastos dos municípios com transporte de água é de R$10,6 milhões, cobrados do governo federal, recurso para ser utilizado para a locação e abastecimento de caminhões pipa e aquisição de reservatórios de água. 

Estiagem afeta Região Metropolitana de Porto Alegre

A Grande Porto Alegre também está sofrendo de maneira intensa com os efeitos da estiagem. O município de Viamão, por exemplo, registrou perdas severas nas áreas plantadas, de acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Seagri). A cidade acumulou danos que superam R$ 60 milhões e podem aumentar com a permanência desse quadro de falta de chuvas.

No município de Gravataí, a régua de medição do Balneário Passo das Canoas, popular destino de lazer dos moradores da região, mantida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), teve, na manhã desta segunda-feira, o registro de 1,48 metro, o maior dos últimos 45 dias até o momento, e em tendência de estabilização. Embora não tenha chovido hoje, o nível do Gravataí subiu ainda graças aos efeitos dos 35,2 milímetros de precipitações registrados no sábado na medição.

Já em Alvorada, a régua fluviométrica da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan apresentou medição de 1,58 metro, também o maior até agora desde dezembro de 2022. A chuva na sexta-feira foi ainda mais significativa neste local, alcançando 45,4 milímetros. No rio dos Sinos, no Centro de São Leopoldo, a aferição registrada pelo Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) foi de 81 centímetros, depois de alcançar 96 centímetros na noite de domingo, maior marca em nove dias.

Em Novo Hamburgo, a Companhia Municipal de Saneamento (Comusa) registrou 2,69 metros em sua estação de captação hoje. Na Capital, a régua da Sema no Guaíba, localizada no Cais Mauá, no Centro Histórico, é a que mais registra comportamento oscilante. Nesta segunda-feira pela manhã, o nível medido era de 54 centímetros, porém, no domingo, a marca alcançou 73 centímetros. Na sexta, mais recente episódio de chuva forte, caíram 11,4 milímetros no local.