As mortes por câncer de pulmão podem diminuir 28% no Brasil. A projeção é de pesquisadores do Inca (Instituto Nacional de Câncer) e se refere à morte prematura por câncer de pulmão em homens entre 30 e 69 anos, de 2026 a 2030. O Inca atribui a previsão aos programas governamentais de controle do tabagismo. O trabalho comparou as mortes entre 2011 e 2015 com as projeções de mortalidade prematura por câncer de 2026 a 2030.
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Os dados foram apresentados nesta quinta-feira no evento pelo Dia Mundial do Câncer, lembrado no próximo sábado, 4 de fevereiro, e que neste ano destaca o tema “Unindo nossas vozes”.
Ainda segundo o Inca, é difícil manter ações de controle do câncer de colo do útero, principalmente no Norte, como explica a epidemiologista do Instituto, Mariana de Camargo Cancela.
As diferenças regionais foram apontadas como um dos problemas no tratamento da doença. A Consultora Nacional de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), Larissa Veríssimo, afirma que as ações precisam ser mais igualitárias.
A fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, avalia que o acesso ao tratamento é um dos entraves no diagnóstico e cura dos casos. E que a pandemia da covid -19 acentuou esses fatores.
No Brasil, o câncer é a causa mais frequente de morte. Em 2020, foram aproximadamente 260 mil óbitos. E os casos diagnosticados chegaram a 625 mil. Segundo o Inca, estimativas apontam que até 2040 haverá um aumento de 66% nos novos casos e de 81% de mortes pelos vários tipos da doença. A estimativa de gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) será de cerca de R$ 8 bilhões, mais do que o dobro do verificado em 2018.