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Central registra 74 mil denúncias de crimes de ódio na web em 2022

Foto: Ilustração | Pixabay
Foto: Ilustração | Pixabay

Mais de 74 mil denúncias de discurso de ódio pela internet foram encaminhadas no ano passado para a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da Safernet, organização de defesa dos direitos humanos em ambiente virtual. Esse é o maior número desde 2017 e representa dois terços a mais em relação a 2021. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (7).

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Entre os crimes de discurso de ódio, o que mais cresceu foi a xenofobia, que é o preconceito, a intolerância ou violência contra estrangeiros ou determinado povo. Um aumento de 874% entre 2021 e 2022. A intolerância religiosa aparece na segunda posição, com crescimento de 456% no mesmo período, seguida pela misoginia ou opressão às mulheres, com aumento de 251%.

Todos os demais crimes relacionados a discurso de ódio na internet cresceram, a única exceção foi o neonazismo, que caiu 80% no ano passado. Mas de acordo com a Safernet, isso não significa que o crime venha caindo, mas pode ser um indicativo de que células neonazistas migraram da internet aberta para ambientes fechados, como aplicativos de troca de mensagens e a “deep web”, uma área da internet de difícil acesso e com pouca regulamentação.

Desde 2017, as denúncias de crimes de ódio tendem a apresentar maior crescimento em anos de eleição. Em 2020, por exemplo, quando ocorreram eleições municipais, foram encaminhadas mais de 50 mil denúncias, mais que o dobro do ano anterior. Em 2021, ano sem eleições no país, foram cerca de 5 mil denúncias a menos. E o ano passado, voltou a atingir a marca de 74 mil denúncias. 

A Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos também recebe denúncias de maus-tratos contra animais, tráfico de pessoas e de abuso e exploração sexual infantil. As denúncias são encaminhadas para as autoridades competentes.

No ano passado, as denúncias sobre imagens de abuso e exploração sexual infantil ultrapassaram a marca de 100 mil pelo segundo ano seguido, o que não ocorria desde 2011.